O site Google Maps tem um sistema muuuuuito legal de visualização de ruas com possibilidade de rotacionar 360º para ver o lugar de todas as direções. Por exemplo, para ver o hotel Holiday Inn nos EUA onde vamos ficar inicialmente, enquanto procuramos uma casa para alugar, basta seguir os passos abaixo:
- Acesse o site www.maps.google.com
- No campo ao lado do nome Google, digite "524 E 23RD ST COLUMBUS, NE"
- Clique no botão "Pesquisar no Mapa"
- O mapa que aparece na tela tem a figura de um pequeno boneco laranja do lado superior esquerdo. Use o botão esquerdo do mouse para clicar e arrastar o boneco para a área em amarelo imediatamente acima da letra "A", no mapa. Para que funcione, a rua amarela precisa ficar com um contorno azul. Solte o botão do mouse
- Vai aparecer uma foto da área. No canto superior esquerdo tem um círculo com 4 setas. Clique 3 vezes na seta que aponta para a esquerda
- O nosso hotel é o prédio amarelo. Dá para ver mais de perto "andando" ao longo da rua. Para isso, passe o mouse sobre a foto e clique na seta para a direita que diz "E 23rd St" até ficar de frente para o hotel. Então, no círculo com 4 setas no canto superior esquerdo, clique 1 vez na seta que aponta para a esquerda para centralizar a imagem
- Para dar um zoom, basta clicar no quadradinho minúsculo que tem no canto superior direito do mapa. Para sair do zoom, use a tecla "Esc" do teclado
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sábado, 16 de maio de 2009
domingo, 10 de maio de 2009
Fotos das aulas de encerramento
Muito obrigada a todos aqueles que puderam comparecer às aulas do dia 09/05/09, que foi oficialmente a despedida da Lord Cão Franquia Recife. São Pedro nos ajudou, como sempre, permitindo um sábado lindo, com bastante sol. As fotos estão disponíveis no link abaixo, espero que gostem. Sentirei saudades de todos!
Se não houver nenhum imprevisto, eu continuarei trabalhando normalmente até o dia 23/05/09, o que significa apenas mais duas semanas de aulas particulares e consultorias e apenas mais dois sábados de aulas em grupo (16/05/09 e 23/05/09), para fechar a carga horária dos últimos alunos matriculados. Mais uma vez peço a todos que por favor não faltem!
AULAS DE ENCERRAMENTO 2009 |
Se não houver nenhum imprevisto, eu continuarei trabalhando normalmente até o dia 23/05/09, o que significa apenas mais duas semanas de aulas particulares e consultorias e apenas mais dois sábados de aulas em grupo (16/05/09 e 23/05/09), para fechar a carga horária dos últimos alunos matriculados. Mais uma vez peço a todos que por favor não faltem!
Minha experiência com a Eukanuba
Eu adoro a Eukanuba, sou fã da marca, reconheço a qualidade dos produtos e os indico para os meus clientes. Eu mesma usei essa ração por 6 anos consecutivos - criei meus 3 cães com ela - e todos se desenvolveram muito bem, são saudáveis e possuem uma ótima pelagem.
Entretanto no final de 2008 a minha cocker, já com 6 anos, começou a apresentar fezes moles diariamente. Além disso ela e o chihuahua, este com 5 anos, sofriam esporadicamente com o acúmulo de gases. Enquanto investigávamos a causa, tratávamos os cães com remédios para aliviar as dores, pois os muitos exames que fizemos, tanto para as fezes quanto para os gases não detectavam nada.
Chegou então o momento de testar uma outra ração, para ver se a Eukanuba estava tendo alguma influência nos problemas. Com apenas dois dias as fezes da cocker voltaram ao normal, foi impressionante. Desde então estou usando a ração Hill's, outra das marcas que costumo indicar para os meus clientes. Isto já faz dois meses e ainda não tive reincidências nem com o problema das fezes, nem com o problema dos gases.
Apesar de dois dos meus três cães terem tido experiências ruins com a Eukanuba, esse fato isolado não é capaz de desmerecer a marca. Da mesma forma que nós temos organismos e metabolismos diferentes, os cães também têm. Os problemas que os meus tiveram surgiram após anos de uso contínuo. A Eukanuba reinou absoluta aqui em casa por 6 anos e só agora abriu lugar para a Hill's.
Com a nossa mudança para os EUA, talvez eu tenha de trocar a ração novamente, pois não sei como é a facilidade de encontrar a marca por lá. Até agora entretanto, a Hill's tem atendido às minhas expectativas, estou satisfeita. Só tenho uma observação a fazer: eu tenho a impressão que o pacote acaba mais rápido!
Entretanto no final de 2008 a minha cocker, já com 6 anos, começou a apresentar fezes moles diariamente. Além disso ela e o chihuahua, este com 5 anos, sofriam esporadicamente com o acúmulo de gases. Enquanto investigávamos a causa, tratávamos os cães com remédios para aliviar as dores, pois os muitos exames que fizemos, tanto para as fezes quanto para os gases não detectavam nada.
Chegou então o momento de testar uma outra ração, para ver se a Eukanuba estava tendo alguma influência nos problemas. Com apenas dois dias as fezes da cocker voltaram ao normal, foi impressionante. Desde então estou usando a ração Hill's, outra das marcas que costumo indicar para os meus clientes. Isto já faz dois meses e ainda não tive reincidências nem com o problema das fezes, nem com o problema dos gases.
Apesar de dois dos meus três cães terem tido experiências ruins com a Eukanuba, esse fato isolado não é capaz de desmerecer a marca. Da mesma forma que nós temos organismos e metabolismos diferentes, os cães também têm. Os problemas que os meus tiveram surgiram após anos de uso contínuo. A Eukanuba reinou absoluta aqui em casa por 6 anos e só agora abriu lugar para a Hill's.
Com a nossa mudança para os EUA, talvez eu tenha de trocar a ração novamente, pois não sei como é a facilidade de encontrar a marca por lá. Até agora entretanto, a Hill's tem atendido às minhas expectativas, estou satisfeita. Só tenho uma observação a fazer: eu tenho a impressão que o pacote acaba mais rápido!
Produtos da SOAMA
Como já falei outras vezes, adoro ajudar as ONGs de proteção animal comprando pela internet os produtos da lojinha deles. Desta vez foi a SOAMA, que tem produtos verdadeiramente adoráveis disponíveis para venda. Eles criaram um conjunto de mascotes lindinhas que alegram os produtos, tudo com muito bom gosto e ótimo acabamento.
Eu comprei a camiseta Nova Gatinha Preta da Sorte, a camiseta "Quem ama não se importa com raça" e 3 chaveirinhos, que são fofinhos e dá vontade de ficar apertando o tempo todo.
PS: Na imagem acima, tirada do site da SOAMA, está faltando uma das mascotes. Para evitar erros na hora de pedir os chaveiros, é melhor escolher pela mascote e *não* pela cor das cordinhas.
Eu comprei a camiseta Nova Gatinha Preta da Sorte, a camiseta "Quem ama não se importa com raça" e 3 chaveirinhos, que são fofinhos e dá vontade de ficar apertando o tempo todo.
PS: Na imagem acima, tirada do site da SOAMA, está faltando uma das mascotes. Para evitar erros na hora de pedir os chaveiros, é melhor escolher pela mascote e *não* pela cor das cordinhas.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Cão comeu as patas para fugir de armadilha
Fiquei horrorizada com a mensagem abaixo. Essas armadilhas são terrivelmente cruéis e deixam os bichos agonizando por muito tempo. A caça de uma forma geral, legalizada ou não, deveria ser banida da face da Terra. Fontes: G1, www.wkyc.com e www.9news.com
Cão que teve de comer as próprias patas para fugir de armadilha ganha prótese: Animal foi preso por armadilha para criaturas selvagens no Alasca. Para escapar, foi obrigado a morder suas próprias patas.
Andre (um cão de 3 anos mestiço de pastor alemão, rottweiler e labrador, segundo o site www.wkyc.com) passou por uma experiência traumática. Caminhando pelas terras selvagens do Alasca, o cãozinho pisou por acidente numa armadinha de animais ilegal. Para escapar da enrascada, teve de mastigar suas próprias patas. O resultado foi a perda de duas delas.
Encontrado em frangalhos pelo serviço de resgate de cães do Alasca, ele não conseguia nem ficar em pé. Mas uma empresa de Denver, no Colorado, mudou sua vida.
Sensibilizada com a história de Andre, a OrthoPets criou próteses para o cão. Com dois dias de uso, Andre voltou a ficar em pé.
"Essa é a primeira vez que Andre foi capaz de ficar sobre quatro patas em um ano e alguns meses", disse Martin Kaufmann, da empresa responsável pelas próteses.
Após algumas semanas de adaptação às novas patas, Andre será colocado para adoção.
O vira-lata Andre mastigou as próprias patinhas para se livrar de armadilha no Alasca
Cão que teve de comer as próprias patas para fugir de armadilha ganha prótese: Animal foi preso por armadilha para criaturas selvagens no Alasca. Para escapar, foi obrigado a morder suas próprias patas.
Andre (um cão de 3 anos mestiço de pastor alemão, rottweiler e labrador, segundo o site www.wkyc.com) passou por uma experiência traumática. Caminhando pelas terras selvagens do Alasca, o cãozinho pisou por acidente numa armadinha de animais ilegal. Para escapar da enrascada, teve de mastigar suas próprias patas. O resultado foi a perda de duas delas.
Encontrado em frangalhos pelo serviço de resgate de cães do Alasca, ele não conseguia nem ficar em pé. Mas uma empresa de Denver, no Colorado, mudou sua vida.
Sensibilizada com a história de Andre, a OrthoPets criou próteses para o cão. Com dois dias de uso, Andre voltou a ficar em pé.
"Essa é a primeira vez que Andre foi capaz de ficar sobre quatro patas em um ano e alguns meses", disse Martin Kaufmann, da empresa responsável pelas próteses.
Após algumas semanas de adaptação às novas patas, Andre será colocado para adoção.
O vira-lata Andre mastigou as próprias patinhas para se livrar de armadilha no Alasca
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Cachorrês x Português
Acho que dá para ter uma idéia de como a minha vida anda corrida por causa da viagem, não é? Por isso o blog está tão parado! Mas sempre que eu acho um texto interessante na internet, eu salvo o link para postar para vocês assim que possível. Eu vi a indicação do site da matéria abaixo no Mãe de Cachorro e achei muito legal! O texto está um pouco confuso de ler, mas dá para captar a idéia. Taí uma coisa que eu vivo repetindo para todo mundo: humanizar os sentimentos dos cachorros é um erro muito grande e infelizmente bastante comum. Fonte: www.itu.com.br
Não é incomum se ouvir palavras do dicionário humano sendo aplicadas erroneamente para descrever comportamentos caninos, pois na verdade os cães têm seu próprio dicionário e geralmente os proprietários desconhecem os sinônimos das palavras humanas para estes comportamentos.
Esta situação geralmente surge quando está ocorrendo um processo de humanização do cão. A humanização ocorre de diversas formas, a mais comum delas é a (por vezes involuntária) transferência de valores humanos à existência do cão.
Vamos olhar alguns exemplos para demonstrar estas diferenças.
Compaixão
Dicionário Humano – Compaixão (do latim compassione) pode ser descrita como uma compreensão do estado emocional de outrem; não deve ser confundida com empatia. A compaixão frequentemente combina-se a um desejo de aliviar ou minorar o sofrimento de outra pessoa, bem como demonstrar especial gentileza com aqueles que sofrem.
Dicionário (sinônimo) Canino: Fraqueza – Sentimentos que demonstram demasiada caridade são projeções de fraqueza, pois no mundo canino prevalece a imagem e o papel do líder. Se aquele que se “projeta” como líder demonstra medo através de vocalizações que inferem a conivência com o medo do subordinado, este está agravando o estado inseguro do seguidor.
Enquanto escrevo isto por acaso estou de “babá” para o Shar Pei do filho da minha mulher. Ele está comigo aqui no escritório de casa sentindo a falta do Filipe e da sua noiva Bruna, pois eles saíram. Se neste momento, enquanto ele chora de fronte à porta lamentando a ausência dos seus donos, eu tentar consolá-lo com explicações de que não há necessidade de se preocupar, que seus donos logo voltarão, que o mundo não acabou, etc. estarei reforçando seu sentimento de tristeza. Daí que faço o contrário, falo com ele de forma natural distraindo ele de tempos em tempos sem tristeza, mas convidando ele a interagir comigo.
Esta posição não deve ser confundida com o ato de compaixão exercido, por exemplo, por pessoas que, vendo um cão sofrendo, buscam maneiras de ajudá-lo. Nesta situação o cão não interpreta a compaixão, pois ele não vê ele apenas recebe o auxilio. Foi com certeza assim que o Charles Darwin interpretou o comportamento humano quando disse “Compaixão para com os animais é das mais nobres virtudes da natureza humana”. E concordo com ele quando se trata de atitudes e não demonstrações de afeto verbais que marcam o medo o animal.
O cão não sente pena. Quantas vezes presenciei situações na casa onde tivesse 2 cães e saía-se só para passear com um, em que aquele que fica se lamenta muito mas aquele que vai nem olha para trás. É um mundo onde no final das contas é cada um por si. Um cão recolhido de um abrigo não pensa nos ex-companheiros de “cela” nem lamenta o fato dos companheiros que ficaram para trás.
Ciúme
Dicionário Humano – Ciúme é uma reação complexa porque envolve um largo conjunto de emoções, pensamentos, reações físicas e comportamentos:
- Emoções – dor, raiva, inveja, medo, depressão e humilhação;
- Pensamentos – ressentimento, culpa, comparação com o rival, preocupação com a imagem, autocomiseração;
- Reações físicas – taquicardia, falta de ar, excesso de salivação ou boca seca, sudorese, aperto no peito, dores físicas.
- Comportamentos – questionamento constante, busca frenética de confirmações de ações agressivas, mesmo violentas.
Dicionário (sinônimo) Canino: Controle (eu prefifo traduzir ciúme como posse) – O comportamento que se apresenta para o dono como sendo uma atitude de defesa ou proteção, é na realidade um ato de controle do animal do próprio dono. Pois ao evitar de alguma maneira, seja pacificamente seja agressivamente, o contato do seu dono com outra pessoa, objeto ou animal, está evitando que a interação ocorra. (Eu costumo dizer que o cachorro com esse comportamento se considera o legítimo proprietário de determinada pessoa, objeto ou animal, ou seja, ele acredita que detém a posse dessa pessoa, objeto ou animal)
O humano (adulto - por que só adulto? Criança também sente ciúme) em algum momento da sua vida teve a experiência de sentir ciúme, e lembrando como se sentiu, acha que reconhece perfeitamente esta emoção forte no comportamento do cão, pois sabe que seu cão o ama muito. Infelizmente o que o dono não percebe é que o papel que ele representa no “ato ciumento” do seu cão é de dominado e não líder amado.
O animal está se comportando como um animal que controla seus súditos e não está agindo por amor. Aliás eu diria que amor está longe das intenções dele no momento que age desta forma.
O dono é visto por ele nesta hora como um recurso, um recurso que precisa ser preservado não pelo bem do dono, mas pelo bem do próprio cão!
Em suma precisamos entender que os cães vivem o momento e a não ser que “lembrados por eventos gravados por circunstâncias anteriores” não ficam remoendo o passado. Mais sobre isto em saudade!
Saudade
Dicionário Humano – Saudade - memória ou recordação de pessoas, familiares ou objetos; sentimento experimentado entre duas pessoas que estão distantes, ou que ficam muito tempo sem se ver; lembrança; lembrança de pessoas ou coisas distantes ou não mais existentes, acompanhada da vontade de tornar a vê-las ou possuí-las.
Dicionário (sinônimo) Canino: Incerteza – Quando uma pessoa ou mesmo outro animal deixa de estar presente, não é incomum se ver que o cão da casa demonstra sinais de depressão, deixando de comer ou de demonstrar uma costumeira disposição para a vida. Os cães sabem, porque assim vêem o seu mundo, que numa matilha há segurança em números. Se uma determinada “matilha” sobreviveu com 4 integrantes, quando um destes integrantes se ausenta a preocupação é com o bem da matilha, ou seja como sobreviver agora com a ausência daquele elemento. Isto dito o estado de preocupação do cão pode ficar agravado se o ser que se ausentou é justamente aquele que se apresentava para o cão como o líder, ou mais próximo ao cão. Não porque sinta saudade propriamente dita da relação que mantinha com o ausentado, mas pelo papel que o ausentado tinha na matilha como um todo. Será muito normal, depois de verificar que a vida continua, e nada falta, que o animal volta a se comportar normalmente, como se nada houvesse acontecido. Aliais, nestas circunstancias a presença de compaixão seria prejudicial a uma pronta recuperação do cão.
Dennis Martin MBIPDT
Analista Comportamental de Cães
Membro do British Institute of Professional Dog Trainers – Inglaterra - www.dennismartin.com.br
Não é incomum se ouvir palavras do dicionário humano sendo aplicadas erroneamente para descrever comportamentos caninos, pois na verdade os cães têm seu próprio dicionário e geralmente os proprietários desconhecem os sinônimos das palavras humanas para estes comportamentos.
Esta situação geralmente surge quando está ocorrendo um processo de humanização do cão. A humanização ocorre de diversas formas, a mais comum delas é a (por vezes involuntária) transferência de valores humanos à existência do cão.
Vamos olhar alguns exemplos para demonstrar estas diferenças.
Compaixão
Dicionário Humano – Compaixão (do latim compassione) pode ser descrita como uma compreensão do estado emocional de outrem; não deve ser confundida com empatia. A compaixão frequentemente combina-se a um desejo de aliviar ou minorar o sofrimento de outra pessoa, bem como demonstrar especial gentileza com aqueles que sofrem.
Dicionário (sinônimo) Canino: Fraqueza – Sentimentos que demonstram demasiada caridade são projeções de fraqueza, pois no mundo canino prevalece a imagem e o papel do líder. Se aquele que se “projeta” como líder demonstra medo através de vocalizações que inferem a conivência com o medo do subordinado, este está agravando o estado inseguro do seguidor.
Enquanto escrevo isto por acaso estou de “babá” para o Shar Pei do filho da minha mulher. Ele está comigo aqui no escritório de casa sentindo a falta do Filipe e da sua noiva Bruna, pois eles saíram. Se neste momento, enquanto ele chora de fronte à porta lamentando a ausência dos seus donos, eu tentar consolá-lo com explicações de que não há necessidade de se preocupar, que seus donos logo voltarão, que o mundo não acabou, etc. estarei reforçando seu sentimento de tristeza. Daí que faço o contrário, falo com ele de forma natural distraindo ele de tempos em tempos sem tristeza, mas convidando ele a interagir comigo.
Esta posição não deve ser confundida com o ato de compaixão exercido, por exemplo, por pessoas que, vendo um cão sofrendo, buscam maneiras de ajudá-lo. Nesta situação o cão não interpreta a compaixão, pois ele não vê ele apenas recebe o auxilio. Foi com certeza assim que o Charles Darwin interpretou o comportamento humano quando disse “Compaixão para com os animais é das mais nobres virtudes da natureza humana”. E concordo com ele quando se trata de atitudes e não demonstrações de afeto verbais que marcam o medo o animal.
O cão não sente pena. Quantas vezes presenciei situações na casa onde tivesse 2 cães e saía-se só para passear com um, em que aquele que fica se lamenta muito mas aquele que vai nem olha para trás. É um mundo onde no final das contas é cada um por si. Um cão recolhido de um abrigo não pensa nos ex-companheiros de “cela” nem lamenta o fato dos companheiros que ficaram para trás.
Ciúme
Dicionário Humano – Ciúme é uma reação complexa porque envolve um largo conjunto de emoções, pensamentos, reações físicas e comportamentos:
- Emoções – dor, raiva, inveja, medo, depressão e humilhação;
- Pensamentos – ressentimento, culpa, comparação com o rival, preocupação com a imagem, autocomiseração;
- Reações físicas – taquicardia, falta de ar, excesso de salivação ou boca seca, sudorese, aperto no peito, dores físicas.
- Comportamentos – questionamento constante, busca frenética de confirmações de ações agressivas, mesmo violentas.
Dicionário (sinônimo) Canino: Controle (eu prefifo traduzir ciúme como posse) – O comportamento que se apresenta para o dono como sendo uma atitude de defesa ou proteção, é na realidade um ato de controle do animal do próprio dono. Pois ao evitar de alguma maneira, seja pacificamente seja agressivamente, o contato do seu dono com outra pessoa, objeto ou animal, está evitando que a interação ocorra. (Eu costumo dizer que o cachorro com esse comportamento se considera o legítimo proprietário de determinada pessoa, objeto ou animal, ou seja, ele acredita que detém a posse dessa pessoa, objeto ou animal)
O humano (adulto - por que só adulto? Criança também sente ciúme) em algum momento da sua vida teve a experiência de sentir ciúme, e lembrando como se sentiu, acha que reconhece perfeitamente esta emoção forte no comportamento do cão, pois sabe que seu cão o ama muito. Infelizmente o que o dono não percebe é que o papel que ele representa no “ato ciumento” do seu cão é de dominado e não líder amado.
O animal está se comportando como um animal que controla seus súditos e não está agindo por amor. Aliás eu diria que amor está longe das intenções dele no momento que age desta forma.
O dono é visto por ele nesta hora como um recurso, um recurso que precisa ser preservado não pelo bem do dono, mas pelo bem do próprio cão!
Em suma precisamos entender que os cães vivem o momento e a não ser que “lembrados por eventos gravados por circunstâncias anteriores” não ficam remoendo o passado. Mais sobre isto em saudade!
Saudade
Dicionário Humano – Saudade - memória ou recordação de pessoas, familiares ou objetos; sentimento experimentado entre duas pessoas que estão distantes, ou que ficam muito tempo sem se ver; lembrança; lembrança de pessoas ou coisas distantes ou não mais existentes, acompanhada da vontade de tornar a vê-las ou possuí-las.
Dicionário (sinônimo) Canino: Incerteza – Quando uma pessoa ou mesmo outro animal deixa de estar presente, não é incomum se ver que o cão da casa demonstra sinais de depressão, deixando de comer ou de demonstrar uma costumeira disposição para a vida. Os cães sabem, porque assim vêem o seu mundo, que numa matilha há segurança em números. Se uma determinada “matilha” sobreviveu com 4 integrantes, quando um destes integrantes se ausenta a preocupação é com o bem da matilha, ou seja como sobreviver agora com a ausência daquele elemento. Isto dito o estado de preocupação do cão pode ficar agravado se o ser que se ausentou é justamente aquele que se apresentava para o cão como o líder, ou mais próximo ao cão. Não porque sinta saudade propriamente dita da relação que mantinha com o ausentado, mas pelo papel que o ausentado tinha na matilha como um todo. Será muito normal, depois de verificar que a vida continua, e nada falta, que o animal volta a se comportar normalmente, como se nada houvesse acontecido. Aliais, nestas circunstancias a presença de compaixão seria prejudicial a uma pronta recuperação do cão.
Dennis Martin MBIPDT
Analista Comportamental de Cães
Membro do British Institute of Professional Dog Trainers – Inglaterra - www.dennismartin.com.br
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