A matéria é do Globo Repórter e foi ao ar em 23/05/2008 (http://globoreporter.globo.com/Globoreporter/0,19125,VGC0-2703-19769-3-322467,00.html).
A maritaca Jujuba faz parte de uma terapia alternativa usando a presença e o afeto pelos bichos. Em uma casa de idosos, o psicólogo Alexandre Monteiro está sempre ao lado ajudando cada uma das senhoras a buscar lá no fundo da memória lembranças que pareciam perdidas para sempre e que podem voltar.
Quando dona Neuza foi para a unidade, ela se recordava apenas de quatro músicas. Desde que doutor Alexandre Monteiro passou a levar os bichos, a memória de dona Neuza teve uma recuperação surpreendente. Ela já voltou a tocar pelo menos 40 músicas. Dona Neuza e as companheiras de tratamento têm o mesmo sintoma: perda de memória, um dos males da Doença de Alzheimer. Mas e os bichos? Por que eles são tão importantes para elas? O collie (não é um collie, gente, é um pastor de shetland!) Bob fica bem embaixo do banco do piano.
"Elas conseguem ir à infância, se lembram de animais que tiveram e chegam até o dia de hoje. Nosso objetivo é trazê-las à realidade. Não é possível reverter o quadro demencial. Nosso objetivo é dar qualidade de vida e retardar a progressão da demência", explica Alexandre Monteiro. "As pessoas que têm contato com animais ficam mais tranqüilas, mais serenas, com menos preocupações. Porque o animal passa uma coisa muito boa. Quando um ser humano está com um animal, libera substâncias do bem, com emoções positivas. Quando você tem emoções positivas, seus órgãos, sua fisiologia, vão trabalhar positivamente também", diz a neurocientista Silvia Helena Cardoso.
"Crianças que são criadas com animais têm um sistema imunológico de defesa muito mais forte, porque quando seu organismo não tem com quem brigar, briga com ele mesmo. São as doenças auto-imunes. São doenças alérgicas, crianças que não podem pisar na terra. Além do fator psicológico, os animais também fazem com que nosso organismo seja desafiado cronicamente. Então, o sistema imunológico acaba funcionando melhor. Eu trabalho há 15 anos em um zoológico e nunca fiquei doente por causa de um animal. Mas inúmeras vezes fiquei resfriado por causa de vírus humano", explica o veterinário André Sena Maia.
É uma relação mútua. Humor e amor só fazem o bem, para todas as espécies animais: os racionais e os ditos irracionais. "O leão vocaliza para marcar território, para dizer que ele é o dono do pedaço. Ele quer mostrar que é poderoso e todo mundo morre de medo", explica André Sena Maia. Dengo, o rei da selva, vira um gatinho. É sempre assim: a fera se transforma perto do veterinário André. "Por muito tempo, a ciência quis que nós acreditássemos que animais não pensam", diz ele.
Será mesmo que pensam? A teoria do doutor André é comprovada por esse sobrevivente de circo. "Ele chegou com um terço do peso, com bicheira, com dente quebrado. Geralmente, no circo, ele morde a grade com raiva e acaba quebrando os caninos. Esse leão chegou bem agressivo. E através do carinho, do contato, da interação que fazemos, virou um gato de pelúcia", conta o veterinário. "Dá vontade de abraçar e agarrar ele. Só não dá para fazer isso porque ele tem quase 300 quilos."
Que rima pode ser mais perfeita? Humor é amor. Ou não é?
Leiam a reportagem completa em: http://globoreporter.globo.com/Globoreporter/0,19125,VGC0-2703,00.html
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