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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Proteja seu cachorro nos dias quentes

Do site do Yahoo.

Proteja seu cachorro nos dias quentes: Eles também precisam de cuidados especiais e isso inclui filtro solar

Ao contrário dos humanos, que regulam a temperatura corporal pelo suor, os animais possuem poucas glândulas sudoríparas. Nos cães, as trocas de calor são feitas pela boca e pelo focinho (e um pouco também pelas almofadas das patas, mas não pela pele, como nós), portanto quanto mais quente, mais ofegante o animal pode ficar (isso inclusive é erroneamente confundido com cansaço: o cão põe meio metro de língua para fora e o dono, assumindo que o bicho está cansado, encerra o passeio). No verão, é necessário duplicar a quantidade de água fornecida, que deve ser trocada várias vezes para permanecer sempre limpa e fresca (a água deve ficar disponível o tempo todo). Outro fator a ser percebido é a perda de apetite nessa época, podendo ocasionar em perda de peso.

Na hora da caminhada, deixe que os cachorros comam e bebam quantidades moderadas pré e pós-exercício, para não correrem o risco de sofrer uma torção gástrica por ingestão (isso é válido em qualquer estação do ano, o cachorro não deve comer nem beber meia hora antes e meia hora depois de qualquer exercício, seja brincadeira ou passeio). "Devemos equilibrar exercícios físicos passeando moderadamente com os animais, de preferência antes das 10h e após as 16h", indica Vanessa Mecca, especialista em Pet Food. Importante destacar, como eles não usam calçados, não devem ser submetidos a caminhadas no asfalto ou na areia com temperaturas escaldantes, pois podem sofrer queimaduras nas patas.

Outra dica é abrigá-los à sombra para não causar hipertermia por exposição direta ao sol e ainda não deixá-los trancados no carro (de novo, dicas válidas para qualquer estação do ano). Se possível, fazer uso de filtros solares apropriados nos animais com pêlos curtos e claros e também com pele sensível, incluindo pontas das orelhas e focinhos (só usar filtro solar para cachorro, hein gente?). "Para quem acha que é frescura, eles podem sim, ter problemas sérios, com risco de lesões, queimaduras graves e até câncer de pele, devido à exposição ao sol", alerta Vanessa.

O calor aumenta também as infestações por pulgas e carrapatos. É necessário manter um controle eficaz com banhos semanais, no mínimo quinzenais (por favor não mais do que 1 por semana). Manter as vacinas e vermifugação em dia é fundamental (não esquecer também do carrapaticida, lógico!).

Nos passeios de carro, para evitar episódios de vômito durante a viagem de férias, recomenda-se não alimentá-los para percursos mais curtos e diminuir a ingestão de alimentos se o trajeto for mais prolongado (para os casos mais graves de enjôo, pode-se conversar com o veterinário para ver a possibilidade de medicar o cão). E não esquecer a água, jamais.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O beijo do seu cão não faz mal

Matéria muito legal da Revista Época, que desmente os boatos causadores do terrível nojo que muita gente tem dos seus peludos.

Levar um "beijo" de seu cão não faz mal: Estudo demonstra que levar uma lambida do cachorro ou dividir a cama com ele não oferece tanto risco à saúde como se pensa

Uma pesquisa realizada pela veterinária Kate Stenske, da Kansas State University, mostrou que o contato próximo entre cães e os seus donos não traz riscos para a saúde humana. Segundo a pesquisadora, dormir ao lado do cão de estimação ou levar uma lambida no rosto não causa doenças (dá vontade de imprimir e sair panfletando isso pela rua...).

O estudo de Kate, que será publicado na próxima edição do American Journal of Veterinary Research, analisou os riscos relacionados à bactéria Escherichia coli, causadora de problemas comuns como infecções intestinais. Para isso, a veterinária coletou amostras de fezes de cães e de seus proprietários.

A pesquisa demonstrou que, na maioria dos casos, o micro-organismo encontrado nos seres humanos é mais resistente - e, por isso, mais perigoso à saúde - do que o encontrado entre os cães. Em 10% dos casos, cães e seus proprietários compartilhavam o mesmo tipo da bactéria E. coli. Isso quer dizer que, na maior parte das vezes, os humanos são mais perigosos para os cães - ao transmitir uma bactéria mais resistente - do que o contrário (gente, isso vai derrubar muitas pessoas do alto dos seus pedestais!). Apesar disso, Kate recomenda sempre ter bom senso na prática da higiene pessoal: é fundamental lavar bem as mãos antes de preparar alguma refeição ou de brincar com seu cachorro, por exemplo.

A veterinária afirma ainda que o interesse pelo tema nasceu em função da relação quase paternal que os donos desenvolvem com seus cachorros de estimação. "Há estudos que mostram que 84% das pessoas dizem que o cão é como um filho para eles", diz (ó nós na fita!). Para Kate, a conclusão de seu estudo traz vantagens físicas e psicológicas para cães e proprietários, uma vez que libera os carinhos entre eles.

O próximo passo, segundo Kate, é analisar a relação da E. coli em gatos e seus proprietários. Segundo a veterinária, o estudo pode trazer novidades sobre o tema, já que a relação entre felinos e humanos é diferente da nossa relação com os cães.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Não só de latidos vivem os papagaios

Nesse post eu citei o caso real de um papagaio que late (eu conheço o bicho). Agora, nessa matéria publicada no Blog Animal da Revista Época, é a vez de um papagaio que tem problemas de dominância, assim como acontece com muuuitos cachorros por aí afora.

Papagaios também tomam Prozac (que é indicado também para alguns tipos de problemas de comportamento em cães, mas *sempre* seguindo a orientação de um médico veterinário experiente em comportamento canino)

Um papagaio de sete anos chamado Chico ganhou fama ao apresentar ataques de ciúmes (não sei no caso das aves, mas nos cães esse problema - muito comum e erroneamente classificado como ciúmes - é na verdade posse) cada vez que sua dona, Joyce Greenslade (na foto), de 41 anos, se aproximava do marido, Stephen. Nesses episódios, relatados pelo jornal britânico Telegraph, Chico arrancava suas próprias penas raivosamente, ou voava para cima de Stephen com o intuito de agredi-lo.

Cientistas acreditam que Chico, que apesar do nome é fêmea, assumiu um papel de dominância na família, e precisa ser treinada e tratada para aceitar a sua posição real no lar (idêntico ao que acontece com os nossos amigos de 4 patas). Para isso, veterinários passaram a lhe dar o calmante Haloperido, apelidado de “Prozac dos papagaios” (Atenção! Esse tipo não serve para os cachorros, por favor, viu gente? É incrível, mas muitos donos que eu conheço saem medicando seus cães por conta própria, e acabam tendo que levar o coitado do bicho, pior do que estava, às pressas para o veterinário. Importante: mesmo que muitas vezes seja possível usar remédios de humanos para tratar os cães, a dosagem é totalmente diferente!!!), e a ave também tem frequentados cursos de comportamento.

“Estávamos desesperados para achar uma solução, pois é horrível ver um papagaio que amamos tanto sofrer assim”, disse Joyce Greenslade. “O Prozac dos papagaios salvou sua vida”, conclui a dona de Chico.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Em novo game, você é o veterinário

Matéria publicada no Blog Animal da Revista Época.

Todos que gostam de animais já se perguntaram como cuidar de um bichinho machucado, triste ou doente. Para ensinar práticas de primeiros-socorros básicas a essas pessoas, e conscientizar as crianças sobre os cuidados e responsabilidades que envolvem a posse de um animal, a entidade filantrópica americana The Humane Society criou o jogo de computador "Pet Pals: New Leash on Life" (em português, o nome seria "Amigos Animais: Novas condutas na Vida").

No game, o jogador é um veterinário em um abrigo de animais e tem como objetivo conseguir novos lares para os 15 diferentes tipos de bichos abandonados – entre gatos, cães, chinchilas e papagaios. Para que a adoção seja realizada com sucesso, é preciso garantir que todos os animais estão saudáveis, felizes e adestrados. O jogador pode diagnosticar 35 diferentes casos de animais doentes ou com problemas psicológicos, cada um deles escrito com a consultoria de veterinários. Os casos tornam-se mais complicados à medida que o jogador avança.

Quem quiser conferir o "Pet Pals: New Leash on Life", pode baixar sua versão gratuita no site do game.



UPDATE: Talvez melhor do que baixar do site do game (que exige a compra do produto de um anunciante para liberar o download do demo) seja baixar daqui (não testei o executável e nem conheço o site, achei via Google). Outros games do mesmo fabricante podem ser encontrados no Download.com e no Baixaki.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Caiu de amores pelo labrador?

Continuando o post anterior, segue uma matéria da Revista Veja, edição 2096 de 21 de janeiro de 2009.

Resista se for capaz: Assistiu ao filme, leu o livro e caiu de amores pelo labrador? Não é o único. Cuidado para que a sua versão de "Marley & Eu" seja menos conturbada.

Quem nunca teve um Marley na vida? O labrador protagonista do livro "Marley & Eu", transformado em filme recém-lançado, é daqueles cães endiabrados. Logo nos primeiros dias, ainda filhotinho, destrói a garagem da casa – e garagem, na concepção americana, é onde se guarda toda a tralha acumulada na história da família. Travesseiro, móveis e piso, nada escapa da sua fúria estraçalhadora. Incontrolável, arrasta atrás de si os donos, John e Jenny Grogan (vividos no cinema por Owen Wilson e Jennifer Aniston), e até a mesa de um restaurante. Não resiste à fresta aberta da janela do carro e salta dele em movimento. "Esse cão é como um vírus, que pode contaminar o grupo todo. Tirem-no daqui", desiste a mais rígida das adestradoras (uma adestradora muito meia-boca isso sim, porque Marley era o aluno que mais precisava dela e ela o expulsou da classe!). "É o pior cão do mundo", repete, exaustivamente, John Grogan, que transformou as travessuras em tema de sua coluna de jornal nos Estados Unidos, antes de lançar o livro. Incorrigível, sim, mas irresistível (?): "Marley & Eu", com seu turbilhão de confusões caninas, só veio alimentar (?) a paixão em vigor pela variedade de cão retriever, aquele treinado para apanhar a caça abatida sem causar estragos e entregá-la disciplinadamente ao caçador. "A procura pelo labrador, especialmente o amarelo, como o Marley, já aumentou perto de 20%", calcula Claudia Kneese, do canil Tokay, em São Paulo, especializado na raça. Em lojas de animais, as vendas também crescem desde o lançamento do livro no Brasil, em 2006, quando entrou (e está até hoje) na lista de mais vendidos de VEJA. (As pessoas realmente querem um cão destruidor e impossível? Ou só estão seguindo a moda do momento? ***Atenção!*** Não é todo mundo que tem a imensa quantidade de paciência necessária para ser dono de um Marley!!!).

Desde Lassie, a collie que estreou no cinema em 1943, todo cachorro-celebridade logo conquista espaço no sofá da sala (o que é um grande perigo, pois as pessoas esperam do filhote recém-chegado aquele comportamento do cão-ator, que só é super disciplinado porque passou por ***meses*** de treinamento constante). Já houve, famosamente, a era dos dálmatas. De temperamento difícil, adeptos do péssimo hábito canino de latir sem parar, acabaram criando nos Estados Unidos o triste fenômeno dos cães abandonados pela moda e pelos donos. Mais recentemente, subiu a cotação do pug, que vem a ser tanto Frank, o cão falante do filme "Homens de Preto", quanto Inès, a mimada cachorrinha da personagem de Françoise Fourton na novela "Por Amor". "Se o cachorro aparece em um filme ou novela, faz sucesso. Um caso famoso é o do west highland white terrier, da propaganda de um portal da internet (o iG), que em 2000 virou febre", diz Pedro Favaretto, presidente do Clube Paulistano de Cinofilia. Como o modismo produz a compra por puro impulso, sem nenhuma investigação prévia da compatibilidade entre caninos e humanos, não raro se instala o arrependimento (exemplo: a terrier branca e fofa da propaganda era agressiva com crianças). "Viu o filme e se apaixonou? Vá conhecer o criador, os pais, a ninhada toda, e tente achar um cachorro que combine melhor com seu estilo de vida e sua personalidade", recomenda a veterinária Daniela Ramos, da Universidade de São Paulo.

Mesmo antes do efeito Marley, o labrador já figurava entre os cachorros mais registrados na Confederação Brasileira de Cinofilia, depois do yorkshire (como a cadela Vida, da modelo Gisele Bündchen), do shih-tzu, do maltês e antes do lhasa apso. Contam a favor do único grandalhão da lista o jeito dócil e carinhoso, a capacidade de aprendizagem e aqueles olhos que parecem convidar: "Vamos brincar?". Originário do Canadá, de onde saiu para ser criado na Inglaterra, o labrador como cão de caça é obediente e pega leve na mordida, preservando a presa. "Ele foi selecionado para ser louco por água, ser muito carente (e então voltar para o dono) e gostar de ficar com objetos na boca (no caso, patos). Há uma linhagem mais enérgica, e outra, mais adequada para ser guia de cegos, que tem menos energia. Só que hoje existe muita mistura, o que dificulta a identificação. De modo geral, é um cachorro que precisa de atividade e, principalmente, do convívio com a família", explica o adestrador Alexandre Rossi. Todo mundo já sabe, mas não custa repetir: os desvios de conduta são invariavelmente causados pelos próprios donos. "Já treinei muitos Marleys. O labrador típico é brincalhão, mas calmo (eu discordo dessa frase: o labrador típico que a gente encontra no dia-a-dia é como Marley, com energia de sobra). Os problemas surgem porque atualmente o cachorro é um membro da família e as pessoas deixam que ele faça tudo o que quer. Erram por excesso de amor (discordo veementemente: o problema não é excesso de amor - onde já se viu isso? - o problema é excesso de mimos, falta de regras e falta de exercícios)", critica André Luiz Gaspar, adestrador especializado em comportamento animal. Para lidarem com casos extremos, os Estados Unidos ganharam o Encantador de Cães na figura do mexicano Cesar Millan, estrela de um seriado que aqui é transmitido pelo canal pago Animal Planet ("O Encantador de Cães" é um programa ***muito*** bom, quem tiver a oportunidade de ver não deve perder) e, claro, autor de sucesso. Seu lema: toda matilha tem um líder e quem deve assumir essa função é o dono, de coleira curta em punho (não é coleira e sim guia, mas eu nunca vi Cesar exigir guia curta; o que ele exige, e tem toda razão, é que o cachorro ande ao lado do dono ou ligeiramente atrás, nunca na frente) e a ideia, francamente difícil de assimilar (não sei por que "difícil de assimilar", a ideia está correta, os cães precisam de uma figura de autoridade), de que os amiguinhos de quatro patas querem acima de tudo um chefe dominante, não condescendente. A prova do sucesso de Cesar é que o próprio Grogan apelou a ele na hora de disciplinar Gracie, a labradora tranquila e preguiçosa que sucedeu a Marley na casa da família. Já no filme, para cobrir todo o espectro de tempo e de diabruras do personagem, foram usados 22 cães. Todos obedientíssimos (de novo, só porque passaram por ***meses*** de treinamento constante).

Marley e nós


Embora labradores não sejam, em geral, incontroláveis como o do filme (tenho cá minhas dúvidas) (na foto, com o ator Owen Wilson), também não são santinhos. Antes de levar para casa um fofíssimo filhote (preço: 1 500 a 3 500 reais), saiba que:

• é uma raça doce e sociável – mas muito (destaque para o *muito*) ativa, daquelas que exigem (destaque para o *exigem*) pelo menos um vigoroso passeio diário (de 1 hora no mínimo dos mínimos)

• cresce muito: 400 gramas ao nascer, 3 quilos um mês depois e, adulto, peso de modelo (humana), 45 quilos (vale lembrar que o custo de manutenção de um cachorro é proporcional ao seu peso)

• é guloso e, deixado ao próprio apetite, pode (é possível trocar esse *pode* por um *vai*) desenvolver obesidade

• não morde ninguém (depende, eu conheço labradores agressivos), mas destrói rápida e totalmente os objetos do seu interesse (pela Lei de Murphy, os objetos de interesse para o cachorro são os que custaram mais caro para o dono)

• precisa ter gente por perto; não é, de jeito nenhum, cachorro para exilar no quintal (nenhum cachorro gosta disso, independente da raça, mas alguns aceitam a situação melhor do que outros)

• o filhote mais espertinho da ninhada provavelmente é o que vai dar mais trabalho quando crescer (assim como o mais retraído vai ter as suas próprias limitações; o ideal é escolher o cão mais equilibrado, e não os extremos de comportamento)


Do cinema para a sua casa: O labrador toma o lugar que já foi da collie Lassie, dos dálmatas de Disney, do pug que fala e de outras estrelas caninas

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O difícil convívio entre cães e plantas

Essa é uma mensagem da BitCão, a loja virtual da Lord Cão - Treinamento de Cães.

O difícil convívio entre cães e plantas: A culpa é do cachorro?


Quando nós da BitCão lançamos uma mensagem temos em mente, pelo menos, 3 objetivos:

1) Levar informação sobre um problema comportamental canino e dicas para lidar com ele da melhor maneira possível;

2) Apresentar um novo produto, ou um que já seja nosso conhecido, que pode ajudar muito você e o seu peludo;

3) Fazer você pensar sobre que tipo de relação está tendo com o seu peludo.

Nesta mensagem vamos falar dos peludos que são hiperativos, que destroem plantas, jardins e ainda fazem suas necessidades nos lugares que escolhemos para ter as flores mais bonitas.

Vamos apresentar um produto totalmente novo no mercado que irá ajudar a manter seu jardim a salvo do peludo. E queremos que você se sinta inspirado para fazer o que é preciso para entender de onde vem essa sanha destruidora e como você pode ajudar seu peludo a ser mais feliz e comportado.

Então, que tal começarmos logo pela NOVIDADE?????

Repell Pet Jardim

A BitCão está muito feliz em ter na sua grade de produtos o Repelente Repell Pet Jardim que vai manter os cães e gatos, seus ou dos vizinhos, afastados das suas plantas, canteiros, calçadas, vasos e portões, com total segurança para o meio ambiente e para os peludos.

Uma solução simples e muito eficiente, que usa um repelente olfativo poderoso, para manter os bichos longe do jardim que você vem cuidando com tanto carinho. O kit inicial é composto de 6 difusores e um frasco de um repelente granulado, e cada difusor é capaz de agir por até 7 metros quadrados de área.

Sua instalação é simples e não precisa de nenhuma ferramenta. Basta abrir os difusores, colocar a quantidade indicada pelo fabricante, fechá-los e “espetar” na terra. Pronto, você terá semanas de tranquilidade com os bichos andando só por onde devem.

E quando o efeito do repelente passar basta encher os difusores novamente. Acabou o repelente? Não tem problema, agora é só comprar o Refil.

O Repell Pet Jardim é próprio para ser usado em áreas externas, até mesmo exposto ao sol e a chuva, sem causar nenhum dano para os bichos, nem para suas plantas mais delicadas. É seguro para animais e humanos, adultos ou filhotes. É um produto natural e biodegradável. Não faz mal ao meio ambiente.

Você precisa ter um se:

- Seu próprio cão, gato, ou o do vizinho faz xixi e cocô no meio das suas plantas ou na sua calçada;

- Gatos ou cães do vizinho prestam visitas indesejadas ao seu jardim;

- Seu cachorro deita em cima, pisoteia as suas plantas, ou cava buracos no jardim;

- Seu peludo, ou os da rua, ficam horas no portão latindo.

Bem, agora que já apresentamos a novidade, que tal entendermos melhor porque nossos peludos parecem adorar destruir nosso jardim, o que mais podemos fazer para resolver esse problema de vez, e ainda aproveitar para tornar nossa relação com nossos cães mais feliz e prazerosa?

A gente pode não querer acreditar, mas a grande maioria dos problemas cotidianos de nossos cães são fruto do pouco estímulo e da falta de exercícios que vivem, dia após dia. Nossa vida pessoal é muito agitada. Não temos tempo, não temos vontade, não temos prioridade para dar aos nossos peludos o tanto de movimento, atenção e trabalho para o qual eles foram criados em primeiro lugar.

Lembrem-se, Beagles foram feitos para perseguir um animal por horas seguidas, Labradores foram criados para caçar patos e outros animais aquáticos, os Terriers foram feitos para exterminar todo tipo de roedores que surgissem perto da casa, Huskies foram feitos para puxar trenós, e por aí vai.

Nenhum cachorro foi criado pensando nas horas que ele teria que passar sozinho, todos os dias. Nada para fazer? Que tal procurar uma minhoca que está cheirando debaixo da terra? Que tal mexer naquele canteiro que está com cheiro de terra novinha e cheia de fertilizante? Melhor! Vamos correr atrás de pequenos insetos e lagartos, passando por cima das petúnias, dos antúrios, dos brotinhos... Ahhhhhhhhh que delicia!

E não é só cachorro grande que gosta de procurar confusão no jardim da casa. Teoricamente todos os cães, de todas as raças, gostam de cavoucar. O que a gente observa é que as raças originalmente desenvolvidas para um trabalho específico e que demanda muita energia, tendem a cavoucar muito mais do que as outras raças. Alguns exemplos são: Pastores Alemães, Rottweilers, Huskies Siberianos, Beagles, Cockers Spaniels, Dachshunds, Labradores, Goldens Retrievers, e é claro, os especialistas na arte de desencavar até o esgoto, todos os Terriers.

Para solucionar o problema dos nossos obreiros de metrô, é preciso primeiro entender PORQUE OS CACHORROS CAVAM:

- Eles cavam para fazer suas "camas".


Cães que ficam o tempo todo no jardim costumam escolher um local "predileto" para deitar e, ao mesmo tempo, tomar conta da casa toda. Nada melhor do que fazer uma "caminha" neste lugar. Puxa daqui, tira matinho dali, remove umas pedrinhas de lá, "quem foi o louco que colocou esta bromélia bem no meio do meu quarto?", e pronto, temos um adorável local de repouso, com vista pro mar e totalmente decorado.

- Eles cavam porque estão entediados.


Não tem ninguém com quem brincar. Provavelmente a coisa começa com aquela plantinha sem-vergonha, que balança prá lá e prá cá, convidando pra brincar. Primeiro a gente destrói a plantinha, puxando cada folhinha com a delicadeza de um hipopótamo. Depois, quando já não tem nem um cabinho pra contar a história, a gente começa a cavar para ver da onde ela (a plantinha) veio e se tem outra escondida lá dentro. Aí a gente ouve uma voz, bem baixinho, estranha, mas com certeza chamando pra brincar num lugar novinho em folha. É o tal do gnomo. Cavando, cavando, cavando, um dia a gente chega lá. E por falar nisso, quantas coisas a gente acha no caminho, não é mesmo?

- Eles cavam para se exercitar.


É justamente por isso que as raças de trabalho tendem a cavoucar mais. A maioria dos donos não exercita o seu cachorro de forma constante e suficiente. O que fazer com toda esta energia? Bem, depois de puxar todas as roupas do varal, roer o pára-choque do carro, perturbar a vida do gato, pular que nem um desvairado em cima das pessoas, só resta cavar o jardim atrás de um tesouro do pirata.

- Eles cavam para ficar fresquinho.


Especialmente as raças calorentas. Cavando eles conseguem achar uma terra mais fresquinha e úmida, melhor só na praia. Se estiver muito frio eles também podem cavar para ficar mais quentinhos, já que enroladinhos num buraquinho é mais fácil de controlar a temperatura. Exatamente como os Huskies Siberianos, Samoiedas e Malamutes do Alaska fazem na neve.

- Eles cavam para esconder a comida rara de aparecer.


Aquele osso mensal, talvez, ou quando tem muita "gente" para disputar um petisco especial e a barriga ainda está cheia. Nem todos os cachorros enterram seus pertences preciosos, embora este ritual faça parte dos instintos ancestrais. Cachorros que gostam de enterrar coisas, enterram biscoitos, brinquedos, sapatos, carteiras, celulares, ou quase tudo que eles puderem ter acesso. É lindo quando eles são pequenininhos, mas um desespero quando eles ficam grandinhos.

- Eles cavam pra trabalhar.


A teoria de todo Terrier é: se não posso ser desentocador de raposas, vou ser arqueólogo e achar um dinossauro ENORRRRRRRRRRRRME, só para mim. É que nem ser aviador: tá no sangue e não há nada que vá fazê-los mudar de idéia.

- Eles cavam para escapar.


Claro, um dia você leva o seu peludão para passear no "Baixo Totó". Deixa ele tomar umas biritas, mexer com umas cadelinhas, surfar nas ondas, e depois nunca mais. O cão pede a chave do carro emprestada, e você nada! Pede pra sair com uns amigos sábado à noite, e você manda ele voltar antes das 10 da noite. Ele pede pra dormir na casa da namorada, e você diz que não porque ela não é de boa família. Até eu fugia! Falando sério, machos tendem a cavar perto das cercas para fugir, mais do que as fêmeas. Provavelmente tudo começa com um espírito mais independente, e um cheirinho de cadela no cio também não ajuda nada.

- Eles cavam porque tem um bichinho no jardim.


Em alguns casos o seu jardim tem camundongos (só não vou dizer rato que é pra não assustar os mais sensíveis). Você ainda não sabe, mas o seu cachorro já sentiu o cheirinho deles. Às vezes o ratinho ainda está no terreno baldio do lado, mas o peludão quer acabar com este intruso o mais rápido possível.

SOLUÇÕES?

Na maioria dos casos é só "dar" aquilo que ele precisa. Ou seja, mais exercício; uma casinha ou abrigo, com um paninho pra ele empurrar pra lá e pra cá e fazer a cama do jeito dele; reservar um horário, todos os dias, para brincar com o totó; acabar com os roedores;

Com outros peludos é bom acrescentar também medidas corretivas e restritivas (das plantas e não do cão). Coloque o Repelente Repell Pet Jardim nos pontos estratégicos e fique de olho para ver se a quantidade de difusores é suficiente e se o repelente ainda está ativo. Se uma área for muito nobre cerque-a com alguma tela, até seu cão perder totalmente o interesse por ela.

O importante é lembrar que ter um quintal enorme não costuma adiantar muito quando se trata do peludo se exercitar. A grande maioria dos cães só se mexe mesmo quando o seu dono lhe dá a imensa honra e o prazer de acompanhá-lo. Ou seja, só tem graça se você estiver junto, senão é melhor dormir o dia todo e estragar as plantas a noite inteira mesmo!

Outro ponto importante é que não adianta nada tentar tornar o seu cão um atleta de fim-de-semana. Os exercícios precisam ser diários e regulares. Cansativo? Pode até ser, mas veja pelo lado bom das coisas, provavelmente você também está precisando de um pouquinho de exercício, e uma bela caminhada (mas CAMINHADA MESMO e não passeiozinho mole) vai fazer maravilhas pela sua saúde também.

O xixi e cocô na grama, ou no meio do canteiro, também tem a sua explicação. Cães são por natureza preocupados em manter o seu território limpo, e se possível livre de urina e fezes. Usar um solo mais permeável, que escoe rapidamente o xixi e que possa absorver as fezes o mais rápido possível é instintivo para estes peludos, e é por isso que eles acabam preferindo usar o canteiro das suas flores premiadas (que ele ainda não conseguiu destruir inteiramente).

Nesta história toda de destruição paisagística é certo que o cachorro não tem culpa e não deve ser punido, ou trancafiado por causa disso.

Na verdade, ninguém tem culpa nesta história, mas a responsabilidade de ensinar e cuidar das necessidades dos bichos que tanto amamos é toda nossa.

Sobre o filme "Marley e Eu"

Tenho lido e ouvido muitos comentários sobre as maravilhas desse filme, sobre como é uma história comovente e cheia de lições de vida e blá, blá, blá. Sinceramente falando, achei muito fraquinho. Quando comparo adaptações cinematográficas com os seus respectivos livros, quase que invariavelmente o filme perde (a única exceção foi "A Cor Púrpura"), mas isso não significa que o filme não seja bom. As adaptações da série "Harry Potter", por exemplo, são realmente fantásticas (sou fã de carteirinha).

O filme "Marley e Eu" não chega nem aos pés do livro, esse sim, uma história comovente e cheia de lições de vida. O livro é uma delícia de se ler, divertido e empolgante. O autor John Grogan usou um estilo leve e fluido, é quase como se ele estivesse contando a história para a gente, e não escrevendo. Já o filme se arrasta de forma cansativa, Marley é colocado num papel coadjuvante e algumas partes no começo são relatadas tão atropeladamente que nem dá para a gente absorver direito.

Para piorar a situação, eu não vou muito com a cara de Owen Wilson, o ator escalado para interpretar o papel do dono de Marley. Ele e os fãs que me desculpem a sinceridade, mas aquele biquinho que ele faz é simplesmente irritante! Acho que um ator já reconhecidamente cômico como Adam Sandler ou Ben Stiller teria se saido muito melhor no papel.

Além do mais, eu simplesmente não suporto quando eles alteram fatos relevantes do livro. Sei que isso é inevitável, mas mesmo assim fico com raiva toda vez. Até as melhores adaptações não fugiram à regra. Tudo bem, uma alteraçãozinha aqui e outra acolá até dá para aceitar, principalmente se o resultado ficou bom no filme. Mas em "Marley e Eu" eu achei que eles mudaram/cortaram coisas demais. Virou uma história bobinha, água com açúcar, estilo filme "Sessão da Tarde". O forte apelo dramático vai render milhões nas bilheterias, sem dúvida, mas deixou o filme com cara de produto de prateleira hollywoodiano.

Pra citar um exemplo comparativo (não chega a ser um spoiler, pois isso acontece bem no comecinho da história), a escolha do nome Marley como conta o livro foi feita de forma carinhosa e estudada, John e Jenny Grogan pensaram e decidiram juntos o nome ideal. Isso reflete a empolgação do casal com a chegada do filhote e, na minha opinião, é um espelho do que acontece na maioria das casas de donos de pets. A escolha do nome é normalmente feita em família, é uma parte importante no processo. No filme, virou uma escolha individual de John, feita de forma quase apressada.

Fica então aqui o meu recado para todos aqueles que gostaram do filme "Marley e Eu": é uma história tocante, disso não posso discordar, mas leiam o livro que vale muito mais a pena. Para quem pensa em ter um labrador por imaginar que é uma raça calminha e que fica deitada tranquilamente aos pés dos donos como os cães guias de cegos, o livro é leitura obrigatória, assim como esse Lord Cão News! Para os que não tiverem paciência de ler o livro, serve o filme mesmo! Mas leiam pelo menos o nosso artigo, OK?

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A dor das plantas

Na escola, ainda menina, a professora me ensinou que as plantas são seres vivos e que sofrem com maus-tratos assim como humanos e animais. Tenho ainda vívida na minha memória a lembrança da aula na qual a professora falou que quando alguém machuca uma planta ela chora, e que o choro da planta é a seiva.

Esse tipo de ensinamento contribuiu para que eu crescesse uma pessoa com profundo respeito pela natureza, pelos animais e plantas. Claro que, de uma classe com 60 alunos nem todos absorveram a idéia, o que coloca uma parcela da responsabilidade na minha genética, no tipo de pessoa que eu nasci. Mas os bons ensinamentos perduram e nos levam para o caminho certo.

Enfim, essa história da dor das plantas é muito forte dentro de mim e certas coisas aparentemente banais me incomodam muito. Pode parecer loucura, mas eu fico tão indignada quando vejo uma planta espremida num vasinho, como quando vejo um pássaro numa gaiola ou um peixe num aquário. Para mim são prisões semelhantes.

Apesar de eu não entender nada de plantas e não ter o menor jeito para cuidas delas (eu só consegui fazer vingar caroço de feijão em algodão), há várias atitudes corriqueiras que me deixam com raiva da pessoa responsável e com pena da planta:

- Arrancar uma folha ou quebrar um galho: eu quase sinto a dor

- Colocar um peso extra, como um balanço ou uma garrafa para a fruta crescer lá dentro: muitas vezes a pobre planta se contorce toda para suportar a carga

- Enfeitar com luzes: eu me sinto sufocada por acreditar que a planta sofre com o calor tão próximo a ela, como se usasse um cachecol térmico

- Podar por estética: eu prefiro cem mil vezes a planta ao natural e acho um crime obrigar a bichinha a assumir um formato pré-definido, perfeito e impecável

- Colocar um arame para forçar o crescimento na posição desejada por estética: eu fico imaginando se alguém gostaria de ter o braço torcido e amarrado para que ficasse com um design fashion

- Submergir a planta ou a flor, como se tornou moda em decorações de eventos e casamentos: eu fico aflita como se a planta estivesse morrendo afogada

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Oliver, um cão que sobreviveu ao Katrina

Oliver é o sortudo cachorro de Alex Castro, do site Liberal, Libertário, Libertino. Alex estava morando nos Estados Unidos na época do Katrina, e foi *o-b-r-i-g-a-d-o* a deixar Oliver para trás, em casa com bastante comida e água, enquanto ele próprio se refugiava. Oliver sobreviveu sozinho durante muitos dias e, após os inúmeros esforços do dono, foi resgatado são e salvo. O texto abaixo foi postado no site de Alex e, de tão emocionante, achei válido publicar aqui também. No final tem um link para quem quiser saber os detalhes dos eventos na época do Katrina.

Ontem, caí no meu próprio truque: vi um filme ("Eu Sou a Lenda", com Will Smith) no qual 99% da humanidade é exterminada e só me debulhei em lágrimas quando morreu o cachorro. (Essa foi a parte mais triste do filme para mim também).

Agarrei o Oliver e não quis mais soltar, o bicho não entendeu nada. Antes, nessa mesma manhã, eu tinha passado duas horas lentamente tosando-o sob o sol.

Saco. Por que esses autores pregos têm sempre que matar o raio do cachorro? Queria ver um filme sobre amizade canina em que o pobre bicho chegue vivo ao final!

* * *

Quando vim morar nos Estados Unidos, muita gente achou loucura eu trazer meu cachorro. Já eu, além da óbvia obrigação de não deixar o bicho pra trás, achava loucura justamente ir morar fora sem meu cachorro. Sozinho, numa terra estranha, sem amigos, sem parentes: posso imaginar poucas outras situações onde ter um cão amoroso seja a diferença entre a sanidade feliz e a depressão mais insana.

Foi só quando recuperei o Oliver, depois de nossa separação de duas semanas durante o Katrina, que me dei conta que, há duas semanas, eu não abraçava ninguém, não experimentava calor humano (não tem calor mais humano que o canino), não dormia abraçado com um corpo quente, nem mesmo, provavelmente, tinha encostado em outra pessoa. Não é à toa que já ouvi um americano solteirão confessar que faz as unhas e os pés somente para que alguém *encoste* nele uma vez por semana. Aquela primeira noite com meu cãozinho, que eu já tinha dado como perdido tantas vezes, foi a maior confirmação possível da importância de ter um cachorro.

Poucos dias depois, acordei num domingo de madrugada com o Oliver passando mal. Eu estava longe de casa, longe do Rio, longe de Nova Orleans, sem internet nem celular, morando de favor no porão de alguém, acompanhado somente de uma sacola com dois livros e poucas roupas, sem saber se jamais voltaria para Nova Orleans, para minha casa, minhas roupas, meus livros, meu programa de Doutorado, minha bolsa, qualquer coisa. A situação mais precária da minha vida. E, no meio de tudo isso, meu cachorro me acorda passando mal.

O que fazer? Eu ainda não conhecia nenhum veterinário por ali e muito menos 24 horas. Mesmo se conhecesse, a consulta provavelmente seria uma fortuna, muito mais cara do que durante o horário comercial, e eu não tinha dinheiro quase nenhum, nem cartão de crédito pra poder rolar a dívida, e nem mesmo sabia se minha universidade continuaria pagando minha bolsa. O que fazer? Acordar a gentil família que estava me hospedando, usar a internet deles pra tentar encontrar um veterinário 24 horas nas imediações e pegar um táxi até lá? Ou será que eles me levariam? E se fosse muito caro? Os preços do Bay Area são assassinos. O que fazer? E se gastasse essa grana todo e não fosse nada demais? E pior, e se fosse alguma coisa séria? E se eu não tivesse dinheiro pra pagar o resto do tratamento?

Durante o Katrina, eu tinha tomado a primeira decisão de vida ou morte da minha vida - sem nem me dar conta. Sempre fui mal acostumado: decidia uma coisa e, se não desse certo, desdecidia. Mas durante o Katrina, sem carro, sem grana, sem amigos, sem informações adequadas, aceitei o conselho da Universidade, evacuei com eles sem levar o Oliver ("não vai ser nada, estaremos de volta em três dias!") e, por causa disso, passei os piores dias da minha vida e quase perdi meu cachorro. Sua própria presença ali, tossindo e vomitando na minha cama, era a definição de canis ex machina.

E, agora, o que fazer? Não seria essa outra daquelas decisões de vida ou morte? Será que agora vai ser sempre assim? E se eu largasse tudo, aporrinhasse todo mundo, levasse ele pro veterinário e acabasse gastando 200 dólares que eu não tinha e que iriam me fazer muita falta naquela conjuntura precária? E se ele tivesse algo sério de verdade, um veneno lhe corroendo as entranhas, e eu esperasse até segunda de manhã só para algum veterinário me dizer que era tarde, deveria tê-lo trazido antes, quer se despedir agora antes de eu colocá-lo pra dormir? E agora, o que fazer? Que decisão tomar?

Desabei. Abracei meu cachorro doente e chorei, chorei muito, chorei a noite inteira, chorei e implorei pra ele lutar, pra ele melhorar, pra ele não me abandonar, pra ele não me deixar sozinho naquela terra, e jurei nunca mais me separar dele. E, entre as lágrimas, continuei observando-o cientificamente, com todo um elaborado sistema de sinais para saber qual seria o ponto onde eu pararia tudo para levá-lo ao veterinário: se vomitar mais uma vez, se der mais três tossidas, se não se empolgar com a bolinha, etc.

Por fim, não era nada. Só uma indisposição. Ele botou tudo pra fora e melhorou. Dormimos nos braços um do outro, seu pêlo todo ensopado de lágrimas. No dia seguinte, ele acordou bom, e eu também, já curado do meu desespero de pai zeloso. Por isso que não quero ter filhos, cruzes.

Sempre esquecer as coisas ruins é uma de minhas maiores qualidades. Eu tinha esquecido completamente desse episódio. Só lembrei dele ao chorar agora durante o filme. E também me dei conta de que jamais tinha contado isso pra ninguém. Ficou parecendo um post da Camila, a blogueira menos dramática que conheço, mas vá lá. Todo mundo tem direito de dar uma camilada ocasional.

* * *

Não ter cachorro é o pior tipo de solidão.

* * *

Para ler: as aventuras do Oliver e eu durante o Katrina.

Para ver: fotos do bicho, só para fãs e loucos por animais.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Os bichos e as visitas chatas

Esse post foi publicado no site Contraditorium, e eu resolvi colocar uma cópia aqui no blog porque achei o texto muito engraçado. Imagine a situação: você está na *sua* casa, com *seus* bichos e aquela visita chata (ou o filho insuportável daquela visita chata) chega e começa a implicar com os seus pets. Fala sério, não te dá nos nervos? E tem ainda aquele tipo que pede para "prender os cachorros porque fulano não gosta". Bem, sinto muito fulano, quem não gosta de bicho não devia ir na casa de quem tem bicho. Afinal, o bicho mora lá, a visita não!

O post abaixo contém alguns "piiiis" (apitos que substituem os palavrões na TV) porque eu quis deixar o texto mais "família", hehe! Coloquei asteriscos para substituir algumas poucas palavras do texto original, OK?


CONTROLE DE ZOONOSES NÃO PROTEGE ANIMALZINHO. E EU ADOREI

Sam Stevens é uma daquelas mães que acha que o mundo gira em torno de seu pequeno floquinho de neve (o filho dela), adequadamente batizado Cain, que foi mordido por um Mastin Napolitano (é um cachorro, não um sorvete) de um vizinho. Ela está p*** porque o Controle de Zoonoses da cidade de Hamilton, Nova Zelândia, decidiu que o cachorro NÃO deveria ser sacrificado, apesar do moleque ter passado três dias no hospital, todo esfolado, com um corte de 9cm no rosto, devido a um ataque do cachorro.

Fosse no Brasil, já imaginariam que o cachorro era de algum Juiz ou Deputado ou bicheiro.

Nada disso, o cachorro pertencia a um ex-namorado da irmã da mãe do pimpolho, (provavelmente ex depois do ataque) e tudo aconteceu em um churrasco.

Aí começam as explicações que a mamãezinha querida finge não ter conhecimento:

1 - O guri estava dentro da casa, e já havia sido alertado pela mãe para parar de implicar com o cachorro, mesmo assim ele saiu da casa e foi até o bicho, mais uma vez.

2 - Duas testemunhas viram o pestinha sair da casa e puxar os testículos do cachorro. Pela segunda vez.

3 - Dois investigadores do Controle de Zoonoses estudaram o cachorro e concluíram que ele não apresenta perigo para ninguém.

4 - A investigação também revelou que o moleque filhodap*** esteve envolvido em DOIS outros casos de crueldade com animais.

5 - O cachorro tem a ficha “completamente limpa”, e o incidente foi reportado às autoridades pelo DONO, e não pela mãe.

A mamãe se diz desconsolada com a decisão de NÃO sacrificar o cachorro. Eu estou desconsolado pelo cachorro ter agido em legítima defesa, com resposta proporcional. Ele poderia perfeitamente ter TRUCIDADO o pimpolho, mas deu apenas uma mordida dizendo “não puxe a P**** do meu saco”.

Os filhos da minha ex-cunhada NUNCA iam na minha ex-casa, na primeira vez cismaram de encher o saco dos gatos, o Gatoberto meteu-lhe as unhas, o moleque saiu chorando (se puxassem meu rabo eu faria o mesmo, digo, choraria). A mãe veio cobrar atitude, eu olhei para o Gatoberto e falei: “Muito bem, você está na sua casa e ninguém tem o direito de puxar seu rabo, bom menino”.

Digamos que ela não gostou muito.

Outra vez eu estava na casa de uns conhecidos de uma amiga de uma amiga. Junto uma PESTE de uns 4 anos, peste no nível de dar tapa na cara da mãe (eu vi, não era metáfora). Conosco a Lisa, mini-poodle da Beth, minha amiga. O moleque CISMOU de implicar com a cachorrinha, que sendo um mini-poodle não tinha como dar resposta à altura.

Uma hora ele sentou em um lado da varanda e começou a tacar brinquedos na cachorra (brinquedos grandes, tipo balde de praia). Eu avisei: “NÃO FAZ ISSO! QUIETO! SIT! DEIXA A CACHORRA EM PAZ!”.

A peste não estava acostumada com figura de autoridade, e parou por alguns segundos. Em seguida pegou alguma coisa GRANDE e tacou. A cachorrinha ganiu e veio se esconder perto de mim. Eu peguei o brinquedo e taquei de volta, COM FORÇA. Ele começou a chorar, a mãe veio ver.

Expliquei: “Esse ANIMALZINHO do Damien está tacando coisas e machucou a Lisa. Eu avisei pra não fazer, ele continuou. Taquei um de volta pra essa peste sentir se é bom”. Juro pelo bem da Luciana Vendramini que usei esses exatos termos.

A mamãe do pimpolho, igual à do caso na Nova Zelândia, ficou indignada, afinal seu filhinho tinha o Direito Divino de torturar animais, poxa, torturava a própria mãe, porque não um mini-poodle?

Rolou um princípio de barraco, mas eu já estava vermelho de raiva, minha amiga também ficou p***, rolou climão e foi todo mundo embora. Nunca mais vi a peste do Damien, espero que tenha encontrado um Mastin Napolitano pela frente.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Mãe de Cachorro Também é Mãe!

O site Mãe de Cachorro, de Ana Corina, além de ser muito gracinha tem umas camisas *liiiindas* para vender, em 3 modelos (camiseta, babylook e regata) e nas cores branca, rosa e lilás. As camisas são de uma malha muito macia, têm um ótimo acabamento e vêm com a logo do site, que é simplesmente perfeito: "Mãe de Cachorro Também é Mãe". Eu já garanti a minha, e você? Para saber mais detalhes sobre como comprar, basta clicar aqui.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Como controlar a ansiedade do seu cachorro

Muitos cães apresentam um sério problema chamado Ansiedade de Separação, ou seja, quando se afastam dos donos, por qualquer período de tempo que seja, esses cães sofrem demasiadamente e desenvolvem os mais diversos comportamentos para compensar a solidão, a tristeza, o tédio e/ou o desespero que sentem. Fazem parte dos sintomas, dentre outras coisas: parar de comer, chorar, latir, uivar, destruir a casa, roer objetos inadequados, fazer xixi/cocô em lugares errados e se auto-mutilar. As perguntas abaixo foram respondidas por mim para uma reportagem sobre o assunto.

• Por que alguns cachorros ficam extremamente ansiosos com a ausência do dono e outros se "acostumam" a ficar sozinhos?

Primeiramente, temos que levar em consideração que existem raças que são naturalmente mais independentes do que outras. Cães dessas raças se adaptam mais facilmente a passar longos períodos de tempo sozinhos. Quando digo que eles se adaptam mais facilmente, não significa que eles *gostam* de ficar sozinhos e sim que eles normalmente sofrem *menos* com a situação. Ninguém gosta de ficar o dia todo sozinho, todos os dias, e com os cães não é diferente!

Em segundo lugar, na maioria das vezes são os próprios donos que contribuem consciente ou inconscientemente para criar uma dependência extremada em seus cães. Muitas pessoas acham o máximo ter um cachorro que as segue por todos os cantos da casa, como uma sombra, até quando vão ao banheiro. Essas pessoas não sabem que estão causando um mal muito grande aos seus cães, pois sempre que elas precisarem se ausentar, os peludos vão sofrer *m-u-i-t-o*, chegando ao ponto de adoecer seriamente.

• Que tipo de comportamento do dono cria essa dependência?

Eu acredito que a dependência do cão para com o dono é gerada basicamente pela dependência do dono para com o cão. O que muita gente não entende é que todo cachorro tem direito a uma vida própria, independente da vida do dono, com tempo livre para ele mesmo, para "coisas de cachorro", como tirar uma sonequinha, tomar banho de sol, roer um osso, caçar formigas, cavar o jardim e brincar com a bola preferida. Do mesmo jeito que as pessoas precisam do seu próprio espaço, com os cães é igual.

Manter o cachorro no colo o tempo todo (quando o tamanho assim o permite, lógico) ou solicitar a presença permanente do peludo no mesmo cômodo em que o dono está, só contribuem para aumentar a dependência. Tem gente que acorda o cachorro só para dar um "oi", ou que vai buscá-lo onde ele estiver para colocá-lo nos braços. Por mais fofinho que seja, o peludo não é um brinquedo, é um ser com emoções que precisa ter a liberdade de ir e vir quando quiser. Cachorro também tem os seus dias de mau humor, também perde a paciência, também fica cansado. Cachorro também precisa tirar férias do dono grudento!

• Para muitos animais, o momento mais difícil é a hora do dono sair de casa. Existe alguma forma de tornar essa despedida um momento alegre? Sair escondido ajuda ou atrapalha?

O importante é o dono não valorizar nem o momento da sua chegada, nem o da sua saída. Se o dono faz uma festa enorme todas as vezes que entra em casa, o momento mais importante do dia passa a ser a chegada do dono. E aí o pobre cão passa a vida a esperar o dono chegar, como se esse fosse o ápice da felicidade canina. O que se deve fazer é ensinar ao cachorro que sair e chegar em casa são atitudes normais, comuns e diárias. Nada especial nisso.

Ao chegar em casa, o dono deve ignorar o cão completamente até que o mesmo esteja calmo e com as emoções sob controle. Se o dono cumprimenta o cachorro quando ele está pulando e dando latidos de alegria, estará recompensando estresse e ansiedade. Se, ao contrário, o dono espera o cachorro se acalmar para só então falar com ele, estará recompensando tranquilidade e bom comportamento.

Na hora da saída, nada daquelas despedidas melosas, cheias de abraços, beijos e frases como "mamãe (ou papai) vai sentir muita saudade". Ao contrário, o dono não deve dar atenção ao cão por uns 20 minutos antes de sair. Se o cachorro estiver cansado de um passeio, ainda melhor. O dono deve deixar o peludo com um osso durável ou com o que eu chamo de "brinquedo quebra-cabeça" (como por exemplo um kong), ou seja, um brinquedo resistente que pode ser recheado com gostosuras. Além disso, é importante o dono deixar vários petiscos escondidos pela casa, para que o peludo passe o tempo caçando as recompensas ao invés de destruindo a casa.

Sair escondido não faz a menor diferença, pois os cães têm uma audição apuradíssima e ouvem o tilintar da chave, o bater da porta por mais suave que seja, o barulho do elevador e o ronco exclusivo do motor do carro do dono, mesmo muito longe, lá na garagem. Além do mais, os cães têm um relógio biológico incrível, eles conseguem identificar as horas e os dias da semana e sabem, por exemplo, que o dono sai de casa de segunda a sábado, sempre às 7 da manhã.

• Deixar a tevê ou o som ligado ajuda os cães a ficarem mais calmos ou isso é lenda?

Esse subterfúgio só tem chance de funcionar se a TV ou o som fica normalmente ligado quando o dono está em casa. Se fica, o barulho do equipamento pode ser reconfortante para o cão, por ser parte da rotina da casa. Se não fica, o equipamento ligado só vai causar mais ansiedade, pois faz o cachorro lembrar a todo instante que o dono está ausente.

Outro artifício muito popular é deixar o peludo com uma peça de roupa do dono. Isso também pode ter um impacto negativo, que vai depender do temperamento do cão. Alguns se sentem melhor com o cheirinho do dono sempre por perto. Outros ficam mais ansiosos ainda. A dica é observar o cachorro nas horas de solidão e ver se ele naturalmente procura um cantinho que lembre a presença do dono. Se for esse o caso, é válido deixar uma peça de roupa com ele, mas é importante que essa peça de roupa tenha sempre o cheiro do dono, e para isso ela deve ser lavada com frequencia e mantida no guarda-roupa por um tempo.

Dependendo da gravidade do caso, e sempre seguindo a orientação de um veterinário experiente em comportamento canino, o peludo pode necessitar de medicação para controlar a ansiedade. Também existem no mercado dispositivos que liberam doses de feromônios no ar, funcionando como calmantes naturais e proporcionando ao cão uma sensação de bem-estar e aconchego.

• Vale comprar um outro bicho para fazer companhia ao que já tem em casa?

Depende muito. Alguns cães não estão nada dispostos a dividir o espaço com um "concorrente". Já outros vão se beneficiar imensamente da companhia de outro animal. Mais uma vez, é uma questão de temperamento. O que não vale é pegar um segundo pet e deixar ambos dependentes da presença do dono, pois aí o problema é dobrado.

Caso o dono perceba que um outro animal será benéfico para o seu cão, resta definir qual animal será esse. Em muitos casos, um gato é uma excelente companhia para um cachorro. De forma contrária, roedores e aves não costumam se dar bem com cães (toda regra tem exceção!). Se o dono optar por um segundo cachorro, deve escolher um do sexo oposto para reduzir as chances de brigas (castrando um deles ou, melhor ainda, ambos). Se o peludo atual é dominante, o dono deve escolher um novato que seja submisso e que tenha de preferência o mesmo tamanho, ou então que seja maior do que o outro porque, em caso de brigas, o cão mandão não deve levar vantagem fisicamente. Vale lembrar ainda que alguns cães preferem outros de sua mesma raça.

• E quando o dono chega em casa e vê a casa destruída pelo animal, que atitude tomar? Adianta dar uma bronca? Ou o bicho não vai relacionar a bronca ao que fez horas atrás? Como fazer com que ele entenda que destruir a casa enquanto o dono está fora não é certo?

Dar uma bronca depois da desgraça feita não adianta absolutamente nada. Os cães só associam uma causa com um efeito se os eventos distarem entre si de no máximo poucos segundos. Ou seja, só adianta recompensar ou reclamar com o cachorro durante ou imediatamente após o ato. Passados apenas poucos segundos, o cachorro já fará a associação (positiva ou negativa) com o próximo evento qualquer que vier a seguir. Em outras palavras, se o dono brigar com o cachorro quando chegar em casa e encontrar tudo absolutamente revirado, o cachorro vai associar a bronca com a chegada do dono e não com a bagunça. Não faz a menor diferença agarrar o cão pelo cangote e esfregar o focinho dele no chão, na tentativa de "mostrar" o que ele fez de errado. Isso só vai servir para machucar o coitado do cachorro e para deixá-lo com a certeza de que tem um dono instável e incoerente.

O aprendizado de um cão é baseado em associações, isto é, em tentativas, erros e acertos. Uma associação que gera um resultado positivo e prazeroso para o cachorro fica fixada de forma intensa na memória, e tende a ser repetida até se tornar um hábito. Por exemplo, se ele ganhar um petisco todas as vezes que fizer xixi no lugar certo, vai tentar acertar cada vez mais. De forma contrária, uma associação que gera um resultado negativo para o peludo tende a ser abandonada e esquecida. É por isso que o treinamento com recompensa (petisco, "muito bem", brinquedo ou carinho) é muito mais produtivo do que o treinamento com punição.

Para que o peludo entenda que destruir a casa não é certo, o dono precisa pegá-lo no flagra e reclamar com ele na mesma hora. Por exemplo: se o dono encontrar o cachorro roendo o pé da mesa, deve dizer um sonoro "não" num tom firme e oferecer um osso em troca. Assim, o dono estará explicando ao cachorro que roer a mesa é errado e que ele deve, em vez disso, exercitar as mandíbulas no osso. Para ajudar no treinamento, o dono deve usar repelentes para objetos e aplicar frequentemente nos pontos preferidos do cachorro. O cheiro e o gosto desagraváveis do repelente ajudarão a incutir na memória do peludo quais objetos estão fora dos limites.

É importante escolher um repelente que seja desagradável para o cachorro, senão a tática não vai funcionar. Um exemplo prático: tem gente que adora pimenta, tem gente, como eu, que odeia. Sendo assim, para mim a pimenta é um repelente, enquanto que para muita gente é um atrativo. Os repelentes para objetos encontrados no mercado possuem princípios ativos diferentes, como por exemplo capim limão (lemongrass) ou citronela, basta olhar a composição química. Outros tipos de repelentes que também podem funcionar são a própria pimenta e o vinagre.

Finalizando, vale lembrar que qualquer cachorro só deve ser deixado solto pela casa quando tiver responsabilidade e maturidade suficientes para não estragar nada. Ninguém deixa uma criança de 2 anos sem supervisão, não é mesmo? De forma semelhante, um filhote ou um cão adulto recém-chegado na casa não pode ficar solto sozinho, pois invariavelmente vai fazer besteira. Até que o peludo seja confiável, quando ele precisar ficar sozinho deverá ser numa área espaçosa, segura e especialmente preparada para ele, com abrigo contra o vento e a chuva, uma caminha, um pote de água limpa, muitos brinquedos e ossos e um local para fazer as necessidades.

Escrito por:
Sandra Régia - 2009
Treinadora Especialista em Comportamento Canino
Lord Cão - Treinamento de Cães Ltda.
sandra@lordcao.com.br
Fones: (81) 3341-1472 ou (81) 9994-5631
www.lordcao.com.br
Copyright 2009 - Sandra Régia - Todos os direitos reservados.
(Este artigo está registrado na Biblioteca Nacional e tem seus direitos autorais protegidos por lei. É permitida a sua reprodução desde que sejam colocados os créditos de autoria e um link para www.lordcao.com.br).

UPDADE: O artigo foi publicado na Revista Sendas de fevereiro de 2009. Clique na imagem para ampliar.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

As pessoas e seu relacionamento com os cães

Um dos principais trabalhos que faço na Lord Cão é passar conhecimento para as pessoas, explicando porque os cachorros fazem o que fazem e como elas devem proceder para resolver eventuais problemas de comportamento dos peludos. Um dos problemas mais frequentes é quando o dono não gosta "tanto assim" de cachorro, mas termina cedendo ao apelo dos filhos e leva para casa aquela bolinha de pelos linda, mas que em uma semana se transforma num verdadeiro diabinho da Tasmânia.

É um erro gravíssimo, que gera 7 pontos na carteira, levar um cachorro para casa sem gostar "tanto assim" de cachorro, só porque os filhos prometeram de pés juntos que vão se responsabilizar pelo bichinho, cuidar de tudo, limpar a sujeira, dar banho, escovar o pelo e passear tooodos os dias. Eu sinceramente espero que ninguém realmente realista ache que uma criança, um pré-adolescente ou mesmo um adolescente vai ter tempo e disposição de cuidar integralmente de um cachorro.

Considerando a escola, o curso de inglês, a natação, o balé, o judô, o cursinho pré-vestibular, as provas, a namorada ou o namorado, as baladas, os amigos, a faculdade, a internet, o celular, o MP3, a TV, os games, etc., etc., etc., falta tempo para se dedicar ao cachorro. Nessas idades as prioridades são outras e o cachorro termina sendo um companheiro para apenas meia hora de brincadeiras. Sobra então tudo para os pais, que não gostam "tanto assim" de cachorro. E é aí que os problemas começam.

Cachorros dão *M-U-I-T-O* trabalho e geram *M-U-I-T-O-S* gastos, sendo ainda totalmente dependentes dos humanos durante toda a vida deles, que dura em média (apenas) 10 ou 15 anos. Os filhotes têm uma energia infindável, destroem coisas caras, soltam pelos pela casa toda, mordem, pulam nas pessoas, fazem xixi e cocô no lugar errado, rasgam roupas, cavam o jardim, comem as plantas, latem de noite, etc., etc., etc.

Os cães também entram na adolescência, lá pelos 8 meses de idade, e passam por todos os problemas típicos do aumento no fluxo de hormônios: eles testam a paciência dos donos até além do limite, desobedecem, se tormam mandões e voluntariosos, por vezes agressivos, montam nas almofadas e nas pernas das pessoas e muitos começam a marcar território dentro de casa. Vale lembrar ainda que os cães não amadurecem até mais ou menos uns 2 anos de idade. No caso do xixi no lugar certo, por exemplo, eles só se tornam confiáveis lá pelos 6 meses de idade. E mesmo assim eles podem começar a errar de novo, quando marcam território.

Todo e qualquer cachorro precisa ser escovado, precisa tomar banho, tomar remédios, tomar vacinas, precisa passear todos os dias e precisa interagir com a família. Todo e qualquer cachorro fica doente, pega carrapato, vomita pelo chão, tem diarreia, engole o que não deve, passa mal durante a madrugada e precisa pelo menos uma vez na vida ser levado de urgência para o veterinário. Os cães também ficam velhinhos, cegos, surdos, banguelas, impacientes, cheios de dor, com artrite, com dificuldade para se locomover e com incontinência urinária. Nessa idade eles requerem cuidados especiais, gastos especiais e uma dose extra de paciência e carinho por parte dos donos.

Por tudo isso, as pessoas que não gostam "tanto assim" de cachorro não deveriam ter um cachorro. É injusto para a pessoa e para o cachorro. Essas pessoas deveriam escolher como pet um animal mais fácil, como um coelho ou uma chinchila, que dão muito menos trabalho e vivem menos. Um cão também não é uma boa alternativa para quem quer apenas proteger a casa, deixando o bicho preso durante o dia e restrito ao quintal durante a noite. Os cães não são simples ferramentas de trabalho, eles têm sentimentos, eles sofrem, sentem medo, dor, solidão. Eles precisam se sentir membros da família, precisam brincar e interagir com os donos, tanto os cães de colo quanto os cães de guarda. Os cães que vivem isolados não são felizes.

Eu costumo classificar as pessoas em 3 tipos básicos, de acordo com o grau de afinidade em relação aos cães. Esses tipos são tão diferentes entre si quanto água, óleo e vinagre. E é importante respeitar essas diferenças, pois é total perda de tempo tentar convencer uma pessoa a mudar de tipo ou tentar explicar os porquês de suas atitudes a quem tem o tipo diferente do seu. Insistir só vai gerar conflitos e desgastes emocionais. Cada pessoa é o que é e, quando se trata de cachorro, normalmente uma só entende as razões da outra quando ambas são do mesmo tipo. E que tipos são esses?

As pessoas do tipo 1 são aquelas que realmente GOSTAM de cachorro. Quando eu digo *gostam de cachorro* é na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte os separe. Essas pessoas desenvolvem um vínculo emocional extremamente forte com seus cães, eles são verdadeiramente membros da família. Mesmo quando o cachorro está coberto de lama, fedido de vômito, sujo de cocô ou cheio de carrapatos, quem gosta de cachorro vai lá e limpa o bichinho com o mesmo carinho de sempre. Quem gosta de cachorro vira a madrugada com o peludo quando ele está doente, conhece o significado de cada latido e não imagina a vida sem um companheiro de quatro patas. Quem gosta de cachorro não se incomoda com pelos soltos, baba e lambidas. Quem gosta de cachorro pesquisa todo tipo de informação sobre eles na internet e/ou em livros, não mede esforços para proporcionar o bem-estar do peludo e vive comprando presentinhos pra ele.

As pessoas do tipo 2 são aquelas que ACEITAM cachorro. Na minha opinião, esse é o tipo mais frequente. Muitas dessas pessoas têm um cão, mas normalmente são aquelas sobre as quais eu comentei nesse post, que cedem à pressão dos filhos ou que querem só um cão de guarda. Não há um vínculo emocional muito forte. Outras não têm cachorro por opção, mas até fazem festinha quando vão na casa de alguém que tem. Essas pessoas se relacionam bem com os peludos quando esses são comportados e quando estão limpinhos. Quando o cachorro desenvolve problemas, ele pode acabar sendo trocado por outro. Quando a vida do dono se altera de alguma forma, como no caso de uma mudança de casa ou do nascimento de um filho, o cachorro pode ser passado adiante. Normalmente essas pessoas gostam de fazer um cafuné na cabeça do peludo, mas pouco mais do que isso. Outro exemplo de pessoa do tipo 2 é o cônjuge de uma pessoa do tipo 1, que aceita dividir a casa com um cachorro, mas que não se envolve diretamente nos cuidados.

As pessoas do tipo 3 são aquelas que NÃO GOSTAM de cachorro, seja por medo ou por falta de afinidade mesmo. Esse é o tipo mais fácil de identificar, pois ou a pessoa tem pavor de cachorro ou acha loucos de pedra todos aqueles que gostam e que aceitam cachorro. Quem não gosta de cachorro não suporta os pelos, as lambidas, o cheiro e os latidos. Algumas pessoas do tipo 3 não toleram nem a proximidade de um cachorro. Normalmente são aquelas que vêm com a velha (e ilógica) comparação entre cachorro e criança, achando um verdadeiro desperdício e um absurdo o tempo e o dinheiro que se gasta com os peludos. Essas pessoas usam sempre aquele argumento super batido da música que diz "troque seu cachorro por uma criança pobre". Acham que cachorro só serve para trazer problemas e despesas. Essas pessoas dão a um cachorro a mesma importância que a um copinho descartável, e estão sempre prontos para aconselhar alguém a se desfazer do peludo.

Eu sou uma pessoa do tipo 1, com muito orgulho, e você?

O papagaio que late

Papagaios são animais incríveis, são daqueles poucos tipos de pets que interagem com os humanos e que se integram muito bem no dia-a-dia da família. Os papagaios têm duas vantagens importantes quando comparados a cães e gatos: eles falam (cães e gatos se expressam tão bem que é *quase* como se falassem, mas quase é quase!) e eles vivem muito. Talvez por isso sejam tão queridos.

Através do trabalho que faço na Lord Cão, prestando consultorias a clientes em suas residências, eu tive o prazer de conhecer dois papagaios que são duas figuraças. O primeiro mora numa casa, o segundo num apartamento. E cada qual desenvolveu uma habilidade diferente, sendo ambas, no mínimo, muito engraçadas.

O papagaio que mora na casa aprendeu a comandar o cachorro da família a ir para o canil sempre que o portão precisa ser aberto. De tanto escutar, ele assimilou a frase e agora repete bonitinho: "Max, canil! Canil, Max!". Ninguém mais precisa se preocupar na hora de abrir o portão, pois o papagaio assumiu a responsabilidade de avisar o cachorro. E o cachorro obedece!

O papagaio que mora no apartamento escuta frequentemente (sem trema, já de conformidade com o acordo ortográfico, hehe) os latidos dos vários cachorros que moram no mesmo prédio. E, por tabela, o papagaio aprendeu a latir também! E late de forma tão perfeita que ninguém consegue diferenciar o latido dele do latido de um cachorro! Da próxima vez que alguém lhe disser que quer um papagaio como pet "porque não faz barulho", diga para essa pessoa pensar duas vezes, hahahaha!!!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Resoluções de Ano Novo

O site Bem Legaus publicou 5 famosas resoluções de Ano Novo, aquelas promessas de início de ano que todo mundo faz e que quase ninguém cumpre. As imagens que foram selecionadas para o post são uma graça, e eu não podia deixar de republicar aqui no blog!

Eu tenho as minhas, você tem as suas e todo mundo, mesmo que de maneira velada, acaba fazendo algumas resoluções quando um novo ano começa. Por isso hoje, excepcionalmente, ao invés de coisas legais palpáveis, resolvi fazer um post diferente. Em uma rápida busca pela internet e puxando pela memória, listei cinco das mais comuns promessas de começo de ano. E você, qual resolução legal decidiu tomar? "Empenhadamente legaus"!

Parar de fumar. Hábito terrível; só traz malefícios. Pare já, pare neste exato instante! Sem falar que parar de fumar, além de fazer bem pra saúde, também faz para o bolso.


Dedicar mais tempo a família. Trabalhar é bom e só engrandece. Sem falar que é de onde se tira o dindim, né?! Mas de que adianta se você perde momentos maravilhosos ao lado de quem você ama?


Voltar a estudar. Seja aprender uma nova língua, fazer especialização, curso de culinária, corte e costura, não interessa. Estudar e se aprimorar é sempre legal. Faz bem demais pra cabeça!


Fazer exercícios. É sempre a velha história, a desculpa de falta de tempo, horário, blá-blá-blá e a atividade física vira lenda. Mexa-se! É sempre tempo de começar!


Cuidar da alimentação. Aqui também entra a clássica categoria "vou começar um regime". Independente de qual for o objetivo, saúde ou estética, é fundamental se alimentar de maneira correta e saudável. Não espere por uma segunda-feira, comece já!

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