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quinta-feira, 31 de julho de 2008

Anexos de e-mail - fantasias para cães

Continuando o último post sobre anexos de e-mail, algumas coisas a gente guarda por serem bizarras. E de tão bizarras, chegam até a ser engraçadas. Mas só para quem está olhando, né? Coitados dos pobres cães!!! Essa longa série de imagens (aqui só postei algumas) circulou na internet com os singelos títulos de "Meu dono tem problemas" e o bem menos sutil "Meu dono é retardado". Quem fizer uma busca no Google usando esses termos vai achar outros exemplos dessa coleção pra lá de esquisita!















Anexos de e-mail - buquês caninos

Eu sinceramente *detesto* aqueles e-mails tipo corrente, que pedem ajuda para menininhas com 6 meses de vida, que espalham lendas urbanas como o desodorante que dá câncer, com mensagens em Power Point ou que dizem "envie para todos os seus amigos". Bom, eu quebro todas as correntes e não repasso nenhum e-mail que peça para ser repassado. Também não clico em nenhum link que vier por e-mail e não abro nenhum arquivo com extensão EXE, SCR, ZIP, PPT, PPS, dentre outras. Filosofia de vida, sabem? Esses procedimentos, auxiliados por anti-vírus, anti-spam, anti-spyware, firewall e uma boa dose de bom senso, têm me mantido satisfatoriamente longe de problemas virtuais.

Em meio à montanha de lixo eletrônico que recebo diariamente, abençoadamente filtrada em sua grande maioria pelos programas acima, vez ou outra pesco alguma pérola que vale a pena guardar. Frases bem boladas, imagens marcantes, textos inteligentes... Aqui e acolá alguma coisa chama a atenção, seja pela criatividade, seja pela comicidade, seja pela beleza do que está sendo mostrado. As imagens abaixo eu recebi por e-mail, e se enquadram na categoria "criatividade". Um belo presente, pena que não sei quem faz... Fica aqui a sugestão para os artistas de plantão!




quarta-feira, 30 de julho de 2008

Coisas caninas legaus!

Do site Bem Legaus!

Osso reciclável

Na onda verde, este osso preto é uma idéia bem legal para ajudar na reciclagem de materiais. Feito a partir de sobras plásticas que seriam descartadas, o "Recyclabone" é atóxico, fácil de lavar e obviamente reciclável. Um jeito pra lá de divertido de fazer do seu melhor amigo, um grande amigo do planeta. "Mastigantemente legaus"!


Mordida grampeada

Nada como um pouco de diversão até mesmo na hora de grampear algumas folhas. Este simpático cachorrinho é um grampeador que leva descontração a qualquer mesa. Com direito a orelhas, focinho e até língua vermelha, não tem como não dar risada ao usá-lo. De metal com partes em plástico custa 12 dólares. "Grampeadamente legaus"!


Potes animais

Eles foram feitos para guardar ração, biscoitinhos e outras gostosuras para cães e gatos, mas sinceramente, eu usaria na minha cozinha. Este potes super estilosos são de cerâmica e medem aproximadamente 20 cm de altura. O cachorrinho é mais caro: 27,95 dólares e o gato, 21,95. "Domesticamente legaus"!


Chaveiro obediente

Um dos gadgets mais legais que eu já vi! O "Fetch My Keys", é um chaveiro pra lá de divertido que como o nome diz, ajuda você a encontrar suas chaves! Basta um assobio e o cãozinho-chaveiro late para lhe mostrar onde está! Simples e extremamente prático para quem vive perdendo tempo atrás das chaves! Graças a um pequeno dispositivo eletrônico, este cachorrinho é um item indispensável para muita gente! Só podia ser da Suck UK. "Adestradamente legaus"!


quarta-feira, 23 de julho de 2008

Carinho sim, vermes não

Do site da Revista Saúde é Vital.

A toxocaríase é uma doença que tem predileção por filhotes de cão e gato e pode ser transmitida para seres humanos, em especial crianças, causando cegueira.

A cena é linda: a criança beija e abraça seu amigo de estimação. Chega mesmo a rolar com ele na terra, na grama, na areia... Toda essa intimidade pode ser perigosa, caso o animal seja portador de toxocaríase, mal provocado por um parasita intestinal. Não se ofenda — o bicho que mora na sua casa pode até ser muitíssimo bem-educado, mas, se freqüenta pracinhas e afins, não está 100% livre de suspeita.

Que fique claro: não é o contato direto, como o descrito logo no início desta reportagem, que leva ao contágio, mas sim as fezes que contaminam o próprio ambiente onde a criança se diverte com seu pet. “A doença é causada por um verme chamado Toxocara spp — no cão, Toxocara canis e no gato, Toxocara cati. Ele acomete especialmente os filhotes”, explica a veterinária Vanessa Muradian, do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal da Universidade de São Paulo.

ELES ESTÃO SEMPRE POR PERTO

Entre os animais o mal costuma ser transmitido na gestação, pela placenta, por meio de larvas infectantes, ou no período de amamentação. “Eles ainda podem ser contaminados por ovos de parasitas depositados no solo ou pela ingestão de presas que também tenham engolido o verme”, completa o veterinário Douglas Severo, professor do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

A presença de ovos de Toxocara spp em locais públicos tem sido pesquisada em diferentes países, mostrando taxas de contaminação que variam de 3% a 87%. No Brasil, para se ter idéia, os tais ovos foram encontrados em nada menos do que 60% das amostras de solo de 15 praças públicas no município paranaense de Londrina, em 41,6% das praças examinadas no Rio de Janeiro e em 63,9% das amostras coletadas em 29 praças da cidade de Jundiaí, no interior paulista. “Também achamos pistas da presença de Toxocara spp em 59,3% dos parques públicos e em 69,2% das escolas paulistanas”, revela a veterinária Lucia Eiko Oishi Yai, do Laboratório de Zoonoses e Doenças Transmitidas por Vetores da Prefeitura do Município de São Paulo.

Os sintomas do mal no animalzinho costumam ser choro contínuo, viver naquela postura de “pernas abertas”, abdômen distendido (um barrigão daqueles!), pêlo opaco e eriçado e outros aspectos relacionados à desnutrição. “O problema pode levar à morte do filhote, por obstrução intestinal, quando a quantidade de parasitas é muito grande”, alerta Vanessa Muradian.

O tratamento é feito com vermífugos. “Cães e gatos recém-nascidos devem seguir rigorosamente o calendário de vacinação e vermifugação, com a primeira dose deste último medicamento aplicada em torno dos sete dias de vida”, aconselha Douglas.

PERIGO À VISTA

No ser humano os ovos do Toxocara canis produzem larvas que invadem a parede intestinal, penetram nos vasos sangüíneos e linfáticos e atingem o fígado e os pulmões. Daí podem disseminar-se para vários outros órgãos, incluindo os olhos, onde causam uveíte. “Trata-se de uma inflamação intra-ocular, com sintomas parecidos com os da conjuntivite, ou seja, vermelhidão, fotofobia e embaçamento visual, além de dor e baixa visão.

É preciso ficar atento ao quadro e buscar tratamento rápido, porque a uveíte leva à cegueira”, avisa Cristina Muccioli, oftalmologista da Universidade Federal de São Paulo. O tratamento inclui colírios, antiinflamatórios, corticóides e até mesmo imunossupressores.

Sarnento, eu?

Do site da Revista Saúde é Vital.

Não deixe essa má fama grudar no seu amigo. Para prevenir a sarna, preste muita atenção por onde e com quem anda seu bicho de estimação.

Se você acha que só o animal que vive solto pelas ruas e nunca tomou um banho na vida está sujeito à doença, engana-se redondamente. Aquele que mora em casa ou apê e está habituado aos mimos das pet shops é candidatíssimo à escabiose sarcóptica, a popular sarna. “Qualquer animal limpo e saudável pode contraí-la”, alerta o veterinário Mauro Luis Machado, do Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. “Basta entrar em contato com os ácaros responsáveis pela doença.” E eles estão na coberta, na escova, no brinquedo peludo... Os germes saltam para a pele do animal e ali vão se multiplicando, multiplicando... E então, 15 dias depois, tem início o coça-coça que deixa o bicho pra lá de estressado. “O pêlo começa a cair e, se o dono não tratar depressa, surgem lesões que podem se infeccionar”, lembra Soledad Chiesa, diretora científica da Sociedade Paulista de Medicina Veterinária.

Mas nem sempre os sintomas são tão evidentes. Há outros tipos de sarna, menos comuns e bem mais sorrateiros. A de orelha, por exemplo, atinge apenas essa parte do corpo e, por causa da coceira, costuma ser confundida com a otite, uma inflamação do ouvido. Para tirar a prova, só mesmo o olho atento do especialista. “O que costuma entregar que é sarna é a cera, que fica bem escurecida”, diz Soledad. E há ainda a temida sarna negra, ou demodécica, uma versão hereditária e mais rara. Uma mancha escura na pele do filhote geralmente denuncia essa forma do mal. Nos casos mais graves, o corpo inteiro do bicho fica em carne viva. “A sarna negra não é contagiosa, mas o animal precisa de cuidados pelo resto da vida”, diz a especialista.

Seja qual for o tipo da escabiose, o veterinário costuma indicar medicamentos específicos, além de banhos com xampus e sabonetes acaricidas. Siga exatamente a dose indicada pelo especialista e não medique o animal por conta própria. Do contrário, há o risco de o bicho se intoxicar. Ah, as sarnas de cães e gatos não conseguem se reproduzir na pele humana. “Mas podem ficar presentes ali por até três semanas e causar coceira”, explica Mauro Luis. Só nesse caso é que são necessários cuidados médicos.


AFASTE O PERIGO

A melhor maneira de evitar a sarna é cuidar da higiene e da saúde do bicho:

›› Evite o contato com animais sujos ou abandonados. Os ácaros causadores da sarna podem saltar deles para o seu pet.

›› Banhos periódicos são indispensáveis (não mais do que 1 vez por semana, sendo o ideal a cada 15 dias, mas a periodicidade depende do tipo de pêlo e da pele do cão). Na pet shop, pentes e escovas devem ser bem higienizados para evitar o contágio.

›› Mantenha o bicho protegido contra pulgas, carrapatos e sarnas usando medicamentos específicos.

TROPA EM AÇÃO

Basta o contato com o animal contaminado para a encrenca se instalar. Clique nas imagens abaixo para ampliá-las.




Bonnie - schnauzer miniatura

Ela está de volta, gente! Essa linda schnauzer acabou de concluir o nível 2 do nosso curso. Muito sapeca, Bonnie vive cada minuto intensamente, aproveitando tudo, absorvendo tudo, prestando atenção em tudo. Ela adora fazer novas amizades caninas e se apresenta de forma tão empolgada que termina sendo muito engraçado! Bonnie é absolutamente apaixonada pela dona e pela irmã de criação, uma outra schnauzer chamada Maggie. A dona por sua vez retribui sendo extremamente dedicada às pequenas, educando-as e treinando-as com muito afinco, o que é um grande orgulho para mim. Essa família é simplesmente tudo de bom! É sempre muito prazeroso ver um dono feliz com seu cão, e vice-versa! Um super beijo e muito sucesso para vocês três!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Segurança canina polêmica no Recife

Do site do Jornal Diário de Pernambuco, matéria de capa da edição de 10/07/2008.

Cães viram seguranças de ruas

GUARDA // Acompanhados por funcionários de empresas terceirizadas, rottweilers e pastores alemães atuam na Zona Norte do Recife

Cansados dos constantes assaltos ocorridos na porta de casa, moradores de bairros da Zona Norte do Recife estão apostando em um novo perfil de "segurança particular". Ele não reclama do trabalho, tem um faro aguçado e percebe a presença de suspeitos num raio de até um quilômetro. Para tentar diminuir a violência, casas e edifícios de Casa Forte, Rosarinho e Campo Grande decretaram a volta do cão de guarda. Treinados e acompanhados por seguranças de empresas terceirizadas, rottweilers e pastores alemães tentam intimidar a ação dos bandidos nas ruas e calçadas. Os clientes que já aderiram à moda comprovam a eficácia da medida, apesar do alto preço do serviço. O custo mensal é de, no mínimo, R$ 3 mil.

Desde que passou a contar com a presença de um rottweiler na frente de casa, o aposentado Pedro Peixoto, 74 anos, diz estar mais seguro. Morador da Rua Mário Sete, no bairro de Campo Grande, ele afirmou que os assaltos na área aconteciam a qualquer hora do dia ou da noite. "Agora, com o cachorro e o vigia andando pela calçada de tarde e de noite, os roubos diminuíram. Com os animais é mais difícil os ladrões aparecerem", disse. Ele e o vizinho, que cria outros cães, resolveram contratar os serviços de uma empresa de segurança particular há cerca de dois meses. "Foi o jeito que encontramos para garantir a nossa proteção, não é? Já cansei de chamar os policiais e eles não aparecerem", desabafou.

Além do aposentado, moradores da Rua do Chacon, em Casa Forte, e da Rua Doutor José Maria, no Rosarinho, adotaram a medida. A síndica do Edifício Emília Costa, no Rosarinho, convocou uma reunião com os representantes de outros dez prédios para implantar o sistema. "Já colocamos o sistema de câmeras, de alarme e de infravermelho. Nada adiantou. Os assaltos aqui na rua acontecem quase diariamente. Também devemos apelar para os cachorros", comentou Lídia Paredes. Cães trabalhando na segurança de pessoas já é realidade em capitais como Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR).

Segundo um dos proprietários do Canil Colosso, Marcos Aurélio Silva, a procura pelo serviço aumentou cerca de 40% nos últimos meses. A empresa atende clientes em escalas de 8h, 12h e 24h. Nesses casos, há rodízio de homens e de animais. "É bom esclarecer, no entanto, que o cachorro vai auxiliar o segurança. Primeiro o cão vai perceber a presença de pessoas estranhas. Em seguida, o homem vai perceber o comportamento do bicho e entrar em contato por rádio com os porteiros dos prédios ou os policiais que ficam nas guaritas das casas. Esses acionarão a Polícia Militar através do 190", informou.

Marcos assegurou que as ações não visam acabar com os ataques a ladrões armados, nem pôr a vida do animal em risco. Muito embora admita que os cães são adestrados e podem avançar nos bandidos. As raças mais usada são rottweiler e pastor alemão. Antes de iniciar as atividades nas ruas, os seguranças passam por treinamentos com os cachorros que variam de três dias até oito meses, de acordo com uma pesquisa feita pela equipe do Diario com firmas que atuam na Região Metropolitana do Recife (RMR).

Policiamento - Garantir a segurança da população nas vias públicas é um dos deveres da Polícia Militar. Procurado pela reportagem, o comandante do Policiamento da Capital, Coronel Albino Pereira, afirmou desconhecer o serviço de vigilância com cães. E estranhou as diversas ocorrências denunciadas pelos moradores da Zona Norte. "Já temos um policiamento atuando nesta área, mas estamos levantando os horários de maior índice de ocorrências para intensificar a presença dos policiais", garantiu.


Prática é considerada ilegal

Apesar de bem intencionada, a utilização de cães nas calçadas de casas e edifícios é considerada uma prática ilegal pela Polícia Federal, instituição responsável pela organização das atividades de segurança particular no estado. Segundo o chefe da Delegacia de Segurança Privada da PF, Álvaro Lajes, o serviço é legitimado pela portaria 387/2006/ DPF quando permite a presença de cachorros adestrados nas ações de vigilância patrimonial. Ou seja, apenas no interior de residências e prédios.

"Se for exercida nas calçadas, a atividade é configurada como ilegal. Primeiro porque deixa de ser segurança privada, já que os seguranças e os cães estarão na rua. Segundo porque esse serviço está usurpando a função que deve ser exercida pela Polícia Militar do estado. Os policiais são os responsáveis pela segurança da sociedade", justificou o delegado federal. O aposentado Pedro Peixoto, morador do bairro de Campo Grande, afirmou, entretanto, que quase não existe policiamento em sua rua. "Pelo menos com o cachorro os ladrões ficam mais temerosos", disse.

Usar seguranças com cães nas calçadas é crime com detenção que pode variar de três meses a dois anos, mais aplicação de multa com valor a ser determinado pela Justiça. Além dos donos das empresas que prestam o serviço, as punições também se estendem a quem as contrata. "A Polícia Federal regulamenta a segurança particular, mas o registro das práticas ilegais fica a cargo da Polícia Civil. Quem quiser denunciar deve prestar queixa nas delegacias dos bairros", orientou.

Assim como os seguranças que fazem rondas nas ruas com cachorros, os vigilantes particulares que trabalham com armas nas calçadas também estão exercendo atividades consideradas ilegais pela PF. "Por conta da violência, isso acaba sendo uma prática comum. É muito fácil encontrar vigias noturnos, por exemplo. Mas é da Secretaria de Defesa Social (SDS) o dever de garantir o reforço no policiamento das ruas com grande índice de ocorrências", comentou Álvaro Lajes. De acordo com as leis vigentes, somente dos muros ou das guaritas para dentro das casas ou prédios é permitida a presença de homens com cães de guarda.

Serviço ainda divide opiniões

O novo serviço de segurança particular adotado por residências da Zona Norte do Recife, que utiliza cães de guarda, dividiu opiniões nas associações de defesa dos animais. Nenhum presidente de associação entrevistado pelo Diario, no entanto, foi favorável à ação sem antes fazer uma série de ressalvas. Alguns representantes, inclusive, questionaram o tratamento recebido pelos cachorros que desempenham a função de "vigilantes". Os contrários à atividade alegaram que ela deixaria o animal exposto à violência da sociedade, sujeito a pancadas e até tiros dos bandidos.

Para a presidente da Associação de Amigos Defensores dos Animais e Meio Ambiente (Aadama), Maria Padilha, os cães que atuam no setor de segurança, assim como os outros animais, devem ter o bem-estar garantido pelos criadores. "Esse cachorro deve ter uma área para se exercitar, outra para descansar durante o expediente, além de uma alimentação de qualidade. O animal também precisa de treinamento adequado para evitar incidentes com outros cachorros de menor porte ou crianças", explicou. Ela afirmou que entende o emprego dos cães de guarda, mas que os direitos deles devem ser respeitados.

A opinião de Lys Reis, membro da Associação dos Amigos e Protetores dos Animais (Aapa) é mais contundente. "Não sou a favor disso. De jeito nenhum", declarou. Ela acredita que o cachorro ficará exposto à violência. "As pessoas querem se proteger e, em nome disso, usam os animais. Mas quem vai brigar pela integridade deles? E se eles levarem um tiro dos assaltantes?", questionou.


Do site do Jornal Diário de Pernambuco, edição de 11/07/2008.

Segurança // PM coíbe guarda com cães em ruas

A Polícia Militar prometeu fechar o cerco junto às empresas de segurança particular que utilizam cães de guarda em frente a casas e edifícios de bairros da Zona Norte do Recife. A iniciativa social, tomada para diminuir o número de assaltos na região, foi tema de matéria publicada ontem pelo Diario. Apesar de bem intencionada e eficaz, de acordo com informações de moradores entrevistados, a medida é considerada ilegal pela Polícia Federal, já que garantir segurança nas calçadas é dever da PM. Por isso, ontem à noite uma guarnição policial esteve nos locais para coibir a presença de vigilantes com cachorros.

Ontem à tarde o comandante do Policiamento da Capital, Coronel Albino Pereira, convocou uma reunião com o comandante do 13º Batalhão, Major Clênio do Nascimento, para tratar do assunto. "Não tínhamos conhecimento do uso de cães nas calçadas. Montamos um esquema para investigar esses serviços e, em seguida, levaremos os casos para a Delegacia do Espinheiro", comentou o major. Ele é o responsável pela região onde estão localizados os bairros citados na reportagem (Rosarinho, Campo Grande e Casa Forte). "Se necessário, os animais que estiverem pela rua serão apreendidos pela Companhia Independente de Policiamento com Cães da PM", alertou.

A segurança particular em calçadas é crime com detenção que pode variar de três meses a dois anos, mais aplicação de multa determinada pela Justiça. Apesar de ilegal, o cão de guarda surgiu como opção da população contra a ação dos bandidos na Zona Norte. Por deficiência da PM na área. O comandante prometeu reforçar o policiamento no local. Os moradores podem repassar informações sobre as ocorrências registradas em suas ruas através do endereço eletrônico comando-13dpm@hotmail.com.

O major ressaltou que os cães, quando usados por seguranças clandestinos, também podem se tornar um perigo para a sociedade. "Imagine se um cão, que pode pesar até 70kg, entra num colapso nervoso por estresse? Ele pode atacar uma criança que estiver passando pela calçada ou estranhar e avançarem cima do próprio vigilante que o conduz", disse. Ele informou que situações como essas são comuns. Até mesmo em animais considerados dóceis, como o macaco. "É só lembrar do ataque que aconteceu no Horto de Dois Irmãos", comentou.

Em Campo Grande, rottweiler circula com um segurança pela Rua Mário Sette

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Banco de sangue precisa de doadores

Do site do Portal G1, o site de notícias da Globo.

Aberto desde fevereiro, Hemopet (no Rio de Janeiro) tem apenas 90 cães e nenhum gato cadastrado. Coleta é feita na residência do animal, sem dor nem corte de pêlos.

O sangue está em falta. E não é só o humano. Cães e gatos também costumam penar para conseguir um doador compatível. Criado no Rio em fevereiro, o Hemopet, único banco animal fluminense, até hoje não tem sequer um bichano cadastrado em seu banco e apenas 90 cachorros para atender a todo o estado do Rio.

”Trabalhávamos numa clínica veterinária de internação e era desesperador precisar de sangue e não ter. Às vezes são 24 ou 48 horas até conseguir e não há tempo hábil para salvar o animal”, explica a veterinária Luciula Moreira, de 34 anos, uma das responsáveis pelo banco carioca.

Coleta é gratuita

Ela conta que, antes do banco, a opção era procurar um cachorro de um amigo que pudesse fazer a doação. “O ruim é que, assim, não dava tempo de fazer teste no cão e colocava em risco o doador e receptor”, lembra.

Segundo a veterinária, a coleta é gratuita e feita na residência do animal, que ganha os exames completos. Já quem precisa de uma bolsa com o concentrado de sangue, precisa pagar a partir de R$ 150, dependendo da necessidade do bicho.

Com doença do carrapato, a bulldog Francesa Mel precisou de transfusão

Cães têm 12 tipos de sangue

Com 30 rottweiler no canil, o criador Thiago Bekman cadastrou seus cães no banco. “Para nós, criadores, é importante ter os exames sempre em dia”, diz ele.

De acordo com a veterinária, diferente dos humanos, os cães têm 12 tipos diferentes de sangue, o que torna a situação ainda mais difícil.

Além de acidentes, as doenças caninas que mais requerem tranfusões são a doença do carrapato, anemia, doenças renais ou baixa de proteína. No banco de sangue, os exames são feitos antes da doação e a coleta só é realizada em cachorros saudáveis, conforme a necessidade de repor o estoque.

Em gatos, a maior preocupação é a leucemia. “Várias vezes tivemos chamados e não pudemos atender. Só na semana passada foram 20 ligações precisando de sangue”, conta Luciula.

Quem pode doar

Para ser um doador é preciso ter mais de 25 kg, no caso de cães, 4 kg, para gatos. O bicho deve ter temperamento dócil, ter entre 1 e 8 anos, não ter passado por transfusões prévias e ter a vacinação e vermifugação em dia.

Para quem tem medo de transformar seu animal de estimação em doador, o Hemopet explica: a ação é indolor, feita em casa com hora e data marcadas e não requer corte de pêlo. Após a doação, segundo a veterinária, o organismo recupera o sangue doado em pouco tempo.

Serviço

O Hemopet carioca funciona 24 horas por dia na Rua das Laranjeiras 84, Largo do Machado. Dependendo da necessidade e disponibilidade, o banco realiza a entrega do sangue. Para mais informações, clique aqui ou ligue (21) 7855-8898 / (21) 7854-5433.

A rottweiler Jasmine é uma das doadoras do canil Von Bekman

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Raças caninas e a agressividade

O site do Yahoo Notícias publicou uma simplificação extrema de uma extensa pesquisa que foi conduzida recentemente na Universidade da Pensilvânia, Estados Unidos, sobre a agressividade em cães e a sua relação com as diversas raças. Os resultados como apresentados no Yahoo (não sabemos se por culpa do próprio Yahoo ou do site de onde eles tiraram a notícia) são tão pobres de conteúdo que levam a conclusões erradas.

Nós da Lord Cão achamos a notícia por demais generalista e fomos buscar mais informações, antes de publicar aqui no blog. Descobrimos o site da Applied Animal Behaviour Science e nele localizamos a publicação original. O artigo na íntegra só está disponível mediante cadastro no site e pagamento de U$ 31,50 mas eles fornecem um resumo bem interessante do conteúdo. Abaixo postamos uma tradução livre do texto.

Copyright © 2008 Elsevier B.V. Todos os direitos reservados.
"Diferenças entre as raças na agressividade canina"
Deborah L. Duffy, Yuying Hsu and James A. Serpell
Aceito em 18 Abril 2008. Disponível online em 3 Junho 2008.

A agressividade canina preocupa seriamente as áreas da saúde pública e do bem-estar animal. A maior parte do que se sabe sobre as diferenças entre as raças na agressividade vem de artigos baseados em estatísticas de mordidas, casos clínicos sobre comportamento e opiniões de especialistas. Informações sobre a agressividade relacionada às raças, derivadas dessas fontes, podem levar a conclusões incorretas devido aos preconceitos associados ao maior risco de danos envolvendo raças maiores e/ou fisicamente mais fortes, e à existência de estereótipos. O presente estudo entrevistou donos de mais de 30 raças de cães usando o Questionário de Avaliação e Pesquisa Comportamental Canina (C-BARQ), um instrumento válido e confiável para avaliar as respostas típicas de cães a uma variedade de estímulos e situações comuns. Duas amostras independentes de dados (um grupo randômico de associações de criadores e um grupo coletado online) forneceram dados similares sobre as significativas diferenças entre as raças na agressividade direcionada a estranhos, aos donos e a outros cães.

Oito raças comuns aos dois bancos de dados (Dachshund, Springer Spaniel Inglês, Golden Retriever, Labrador Retriever, Poodle, Rottweiler, Pastor de Shetland e Husky Siberiano) obtiveram resultados similares para a agressividade direcionada a estranhos, a outros cães e aos donos. Algumas raças obtiveram resultados acima da média para a agressividade direcionada tanto para humanos quanto para cães (exemplo: Chihuahuas e Dachshunds), enquanto outras raças obtiveram altos índices apenas para alvos específicos (exemplo: agressividade direcionada a outros cães nos Akitas e Pit Bull Terriers). No geral, a agressividade se mostrou mais severa quando direcionada a outros cães, em seguida a estranhos e aos membros da família. As raças com o maior percentual de cães exibindo séria agressividade (mordidas ou tentativas de mordidas) direcionada a humanos incluem Dachshunds, Chihuahuas e Jack Russell Terriers (direcionada a estranhos e aos donos); Australian Cattle Dogs (direcionada a estranhos); e Cocker Spaniels Americanos e Beagles (direcionada aos donos). Mais de 20% dos Akitas, Jack Russell Terriers e Pit Bull Terriers apresentaram séria agressividade direcionada a cães desconhecidos. Golden Retrievers, Labrador Retrievers, Bernese Mountain Dogs, Brittany Spaniels, Greyhounds e Whippets foram os que demonstraram menos agressividade tanto direcionada a pessoas quanto a outros cães. Entre os English Springer Spaniels, os cães criados para conformação apresentaram mais agressividade direcionada a humanos e cães do que aqueles criados para o trabalho, sugerindo uma influência genética no comportamento. O padrão oposto foi observado entre os Labrador Retrievers quanto à agressividade direcionada aos donos, indicando que níveis mais altos de agressividade não são atribuíveis somente à criação para exposições.

PS: É importante salientar que a pesquisa foi conduzida nos Estados Unidos, país que possui um plantel bem diferente do brasileiro, tanto nas raças mais freqüentes quanto nos padrões de temperamento dentro da mesma raça. Um exemplo típico é que lá os Cocker Spaniels Americanos são esmagadoramente mais populares do que os Cocker Spaniels Ingleses.

Para ler mais, visite o site do Discovery News e o Blog do Discovery News, ambos em inglês.


UPDATE: Abaixo está a reportagem publicada na Folha Online em 21/07/2008 sobre esse assunto. Eles não cometeram os mesmos erros do Yahoo, pois foram mais a fundo na matéria e mostraram os resultados da pesquisa vistos por um ângulo bem mais amplo.

Nem pit bull nem rottweiler. O cão mais feroz do mundo é o dachshund, mais conhecido no Brasil como salsicha ou cofap. Segundo uma pesquisa da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, um em cada cinco representantes dessa raça já atacou ou tentou atacar estranhos, sendo que um em cada 12 avançou contra os próprios donos.

A vice-liderança dos bravos não é menos curiosa. Atrás do simpático salsichinha, está o chihuahua. A raça é a menor do mundo (dentre as raças reconhecidas), mede entre 15 cm e 23 cm. É chamado de "o rei dos toys", mas apresenta na pesquisa alta taxa de ataques a estranhos. Os menos agressivos, de acordo com o estudo são: bernesses, golden retrievers, labradores, são-bernardos, britanny spaniels e greyhounds.

As raças com fama reconhecida de maus, como pit bulls e rottweilers, apresentaram média de agressividade considerada normal, ou baixa, no que diz respeito a ataques contra estranhos. O levantamento norte-americano foi feito com 6.000 proprietários de cachorros de 30 raças diferentes durante dois anos. O estudo será publicado na próxima edição da "Applied Animal Behavior Science", respeitada publicação da área.

O pit bull acabou redimido pela pesquisa. Só entra em sexto lugar na lista dos mais agressivos por ter alta taxa de investida contra outros cães (22%). A favor da raça que já esteve envolvida em vários casos de grande repercussão e até com vítimas fatais, os 6,8% de ataque contra estranhos é pequeno em comparação com os 20,6% do dachshund. A diferença, claro, está na força do golpe. "Uma mordida de um pit bull sempre causa mais estragos, ao contrário de uma de um dachshund", diz James Serpell, diretor do Centro para a Interação dos Animais e Sociedade da Escola de Medicina Veterinária da Universidade da Pensilvânia.

O resultado surpreendeu até os pesquisadores. "Não esperávamos que as raças consideradas agressivas apresentassem números de ataques abaixo da média e os 'fofinhos', acima", diz ele. Os pesquisadores alertam sobre a diferença dos resultados da nova pesquisa comparados a outros levantamentos que usam estatísticas médicas de mordidas. Como os ataques de cães maiores costumam causar ferimentos mais graves que os menores, os números são distorcidos. "Quando um cachorro grande é agressivo, o estrago é proporcional", pondera James. "Chegamos à conclusão de que as pessoas são mais indulgentes com agressões de animais pequenos."

Dachshund, mais conhecido no Brasil como salsicha ou cofap, é campeão de ataques a pessoas, diz pesquisa nos Estados Unidos

A pesquisa identificou uma forte relação entre agressividade e medo. De acordo com o pesquisador, os animais que mais atacam estranhos são os que sentem mais medo. É o caso do chihuahaua. "Eles agridem porque se sentem ameaçados. Deve ser assustador ser um minúsculo 'chihu'. Tudo é gigante para ele", justifica James.

Os animais foram avaliados em relação a ataques ao dono, a estranhos e a outros animais. O resultado apontou enorme diferença entre raças e o tipo de ataque. "O akita é a raça mais agressiva com outros cachorros, mas pouco agressiva com seres humanos", compara o pesquisador.

Moda canina

Alexandre Rossi, zootecnista e mestre em psicologia animal pela USP, avaliou a pesquisa a pedido da Revista. Para ele o estudo é importante, mas aponta limitações. "Há uma variação enorme entre linhagens e localidades", explica. O especialista afirma ainda que a pesquisa falha ao não considerar o perfil do dono. "O comportamento dos proprietários é o que define o comportamento dos animais", resume.

Ele garante que a popularização das raças segue modismos. As preferências têm a ver com interesses, profissão, estilo de vida e idade dos donos. São características que determinam também a personalidade dos animais. Os cães acabam desenvolvendo comportamentos parecidos com os humanos. Donos permissivos criam cães sem limites. Donas que gritam levam seus cães a reagirem com histeria.

Tanto o especialista americano quanto o brasileiro concordam, porém, que atacar os próprios "pais" pode ser um sinal de excesso de mimos e passividade na relação com os pets. "O 'efeito proprietário' é o que realmente define a agressividade e todos os problemas comportamentais", resume Alexandre.

O novo vilão do mundo animal ficou famoso no Brasil depois de protagonizar uma série de comerciais. O salsichinha sempre aparecia ajudando a família. Em um dos filmes, ele chegava a deitar na frente do carro para impedir que seus donos viajassem. É difícil mesmo imaginar que o mimo de hoje pode virar a mordida de amanhã (acreditem-me, o mimo em excesso não só pode como efetivamente vira mordida em boa parte dos cães, principalmente nos dominantes).

Veja os seis primeiros colocados do ranking:

1º - Dachshund
- Porte: cerca de 35 cm (o peito) e 7 kg
- Temperamento: amigável, nem nervoso nem agressivo
- Agressividade: 20,6% atacaram estranhos; 5,9%, os donos; 17,6%, outros cães
- Detalhe: é o que mais ataca pessoas

2º - Chihuahua
- Porte: cerca de 15 cm e entre 1,5 kg e 3 kg
- Temperamento: rápido, alerta, cheio de vida e muito corajoso
- Agressividade: 16,1% atacaram estranhos; 5,4%, os donos; 17,9%, outros cães
- Detalhe: é o que mais sente medo

3º - Jack russell terrier
- Porte: de 25 cm a 30 cm e entre 5 kg e 6 kg
- Temperamento: alerta, inteligente, destemido e amigável
- Agressividade: 7,7% atacaram estranhos; 3,8%, os donos; 21,8%, outros cães
- Detalhe: terceiro na lista de ataque a cães

4º - Akita
- Porte: cerca de 65 cm e entre 35 kg e 40 kg
- Temperamento: decidido e reservado, mas domina outros cães
- Agressividade: 3% atacaram estranhos; 1%, os donos; 29,3%, outros cães
- Detalhe: é o que mais ataca outros animais

5º - Pastor australiano
- Porte: de 46 cm a 58 cm e entre 18 kg e 30 kg
- Temperamento: corajoso, leal e afetuoso
- Agressividade: 6,2% atacaram estranhos; 0,6%, os donos; 14,7%, outros cães
- Detalhe: ataca dez vezes mais estranhos do que os donos

6º - Pit bull
- Porte: de 46 cm a 56 cm e entre 16 kg e 25 kg
- Temperamento: resistente, autoconfiante e alegre
- Agressividade: 6,8% atacaram estranhos; 2,3%, os donos; 22%, outros cães
- Detalhe: é a segunda raça mais agressiva com outros cães

Chihuahua ficou na vice-liderança do ranking de ferocidade; raça é a menor do mundo (dentre as raças reconhecidas), com animais medindo entre 15 cm e 23 cm

sábado, 5 de julho de 2008

Torce & Retorce

Do site da Revista Saúde é vital.

A torção gástrica em cães não é brincadeira. Se o próprio nome já assusta, as conseqüências, então, são de arrepiar. A sorte é que dá para prevenir.

Estômago cheio e exercício físico não nasceram um para o outro. Some-se a isso uma anatomia de grande porte, peito profundo e/ou herança genética. Pronto. O resultado pode ser a temível torção gástrica, doença grave que costuma levar o animal à morte em poucas horas quando o socorro não é imediato. "As raças mais suscetíveis são pastor alemão, boxer, weimaraner, fila brasileiro, rottweiler, dogue alemão, doberman e setter irlandês", enumera a cirurgiã veterinária Thais Pêcego, do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo.

Uma ampla pesquisa sobre o problema revela que a idade parece aumentar os riscos. "Os ligamentos do estômago vão se esticando com o passar do tempo, favorecendo a torção", explica o autor, o veterinário Larry Glickman, da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos. Segundo ele, a incidência de morte é de 15% a 25%. Felizmente, torções assim são de fácil prevenção. "Não dê água junto com as refeições, reduza as quantidades de ração, oferecendo-a mais vezes ao dia (esqueça a antiquada e erradíssima fórmula de alimentar o cachorro somente 1 vez ao dia!!!), e evite exercícios antes e depois de comer", aconselha Thais.

Se a torção acontece, quanto mais cedo for o tratamento de emergência, maiores as chances de sobrevida. "Passamos uma sonda ou fazemos punção no abdômen para remover os gases e diminuir o inchaço, injetamos soro e, se necessário, entramos com antibióticos e remédio para arritmia", explica a veterinária Silvia Parisi, de São Paulo. Todo esse procedimento visa desintoxicar o organismo e normalizar a circulação e a respiração. Com o quadro sob controle, o passo seguinte é a cirurgia. "É preciso fixar a parede do estômago na costela para evitar que ele volte a sair da posição correta", completa Silvia. Problema resolvido? Praticamente. "A operação reduz de 80% para 5% o risco de recorrência", responde Glickman.

NÃO PERCA TEMPO
Se notar os sinais abaixo, corra para o veterinário
• Inchaço anormal do abdômen
• Salivação excessiva
• Tentativa de vômito
• Inquietação seguida de apatia
• Perda de consciência
• Dificuldade para respirar e batimento cardíaco acelerado.

O TAMANHO DA ENCRENCA
Ingerida em grandes porções, a ração fermenta e provoca inchaço. Essa condição, aliada ao esforço físico, facilita a ocorrência de uma torção, que obstrui as duas saídas do estômago. O animal não consegue vomitar nem defecar.

Clique nas imagens para ampliar.



Vê se desgruda!

Do site da Revista Saúde é vital.

É no mínimo constrangedor quando o cão se agarra à perna da visita ou a uma almofada para fazer movimentos de... você sabe o quê. Mas tem jeito para isso.

Deixe de malícia. Às vezes essa mania canina de esfregar-se nada tem a ver com sexo. "Até mesmo ao montar outro cachorro, o bicho pode querer simplesmente expressar dominação, testando a aceitação e a submissão do outro", explica o adestrador e zootecnista Alexandre Rossi, de São Paulo. Se estamos falando de um filhote, é provável que essa conduta seja uma espécie de treino para a vida adulta. "No caso, o movimento é uma brincadeira, um exercício", afirma Alexandre. Carência afetiva e tédio também podem provocar o hábito — enfim, é a saída que o cão encontra para chamar a atenção do dono.

E onde entra o impulso sexual nessa história? "Se o bicho tiver tendência para uma excitação exacerbada ou sofrer de um excesso de testosterona, por exemplo, aí, sim, acaba se masturbando", explica o veterinário Carlos Donini, das Faculdades Metropolitanas Unidas, em São Paulo. Cabe ao veterinário, então, diferenciar quando se trata de uma atitude, digamos, normal ou não. "No próprio exame clínico já dá para diagnosticar distúrbios endocrinológicos ou comportamentais", garante Donini.

Se os motivos são hormonais, as opções de tratamento variam - de medicamentos e castração a acupuntura e homeopatia. No entanto, se o veterinário conclui que a postura atrevida é pura falta de educação, ele deve orientar o dono sobre como agir em momentos assim. Talvez seja necessário solicitar a ajuda de um treinador especialista em comportamento.

Segundo Hannelore Fuchs, veterinária especializada em comportamento, de São Paulo, tanto os machos quanto as fêmeas às vezes apreciam um certo exibicionismo, especialmente no período do cio. Para evitar constrangimentos, é melhor castrar o bicho. "A cirurgia deve ser feita antes do primeiro cio ou aos 5 meses de idade, se o cão for macho", recomenda. "Além de resolver alterações hormonais, o procedimento evita câncer, complicações no útero e gravidez psicológica." Alexandre Rossi concorda com ela. "A castração costuma solucionar o problema em cerca de 70% dos casos", estima. Só tem um inconveniente: a operação está relacionada à obesidade (segundo as pesquisas, apenas 10% dos cães castrados engordam). A saída, então, é oferecer rações pouco calóricas (normalmente nem precisa usar ração light, basta apenas reduzir em 10% a quantidade da ração que já está sendo oferecida) e botar o animal para fazer exercício.

COMO EVITAR A SAIA JUSTA

Nem pense em inibir seu cão com gritos ou agressões físicas. "O animal pode ficar seriamente traumatizado", avisa Donini. Ele recomenda que o dono tire da frente almofadas ou bichos de pelúcia adotados para a prática sexual. Mas, como não dá para esconder a perna da visita, o melhor mesmo é "impedir o ato com um 'não' firme ou um leve empurrão", ensina Alexandre Rossi, que também sugere borrifar um pouquinho de água no focinho na hora agá. A sensação desagradável vai condicioná-lo a não ir adiante. "Distrair o cachorro com passeios e brincadeiras também ajuda", opina Hannelore Fuchs. Se for necessário tocar no cão, o ideal é fazer o mínimo de contato possível. Uma boa alternativa é tirar o cachorro da perna segurando pela pele das costelas dele.

GPS para localizar cães

Do site da INFO Online.

Segunda-feira, 07 de janeiro de 2008

SÃO PAULO - O fabricante de navegadores GPS Zoombak apresentou, na CES, um produto desenhado para localizar cães.

Chamado de GPS Dog Locator, o equipamento é acoplado à coleira do animal e visa localizá-lo em caso de fuga ou mesmo dentro de uma fazenda ou rancho. Segundo a fabricante, o GPS está associado a um serviço de mapas online, que permite ao usuário verificar onde seu cão está pela internet.

Como no caso de cães perdidos, o usuário nem sempre pode levar o computador para a rua para acompanhar o deslocamento do cão até encontrá-lo, a empresa oferece um serviço de suporte por telefone. O usuário liga para uma central e é orientado sobre onde está o animal em tempo real.

A produto custa US$ 199 e o monitoramento custa US$ 19 por mês ao usuário. O GPS tem uma bateria que dura 5 dias.

O equipamento pode ser acoplado, ainda, em mochilas de crianças ou no cinto de idosos ou pessoas portadores de alguma necessidade especial que não podem se perder de seus tutores.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Cézanne - pug

Esse pug é simplesmente um charme! Simpático, carinhoso e divertido, Cézanne vai fazendo amizade com todo mundo. Um cachorro de bem com a vida, tranqüilão e cheio de auto-estima. Ele e a dona formam um par incrível, são companheiros inseparáveis! As aulas de Cézanne eram pura diversão: não tinha como não achar graça das estripulias dele, fazendo de tudo para ficar um tiquinho de tempo a mais no "deita". Ah, mas só se fosse perto da dona! É difícil resistir a essa carinha de "eu-sou-muito-fofo". Dá vontade de apertar! Vamos sentir saudades dessa dupla super legal!

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Bicho não é brinquedo

Do site da Revista Vida Simples da Editora Abril, edição de julho de 2005. Uma reportagem simplesmente *ex-ce-len-te*.

Animais de estimação nos dão amor incondicional, melhoram nosso estado de espírito e até nossa saúde. Nada mais justo que retribuir essa felicidade.

Há um ano, mais ou menos, decidi experimentar a vida fora de São Paulo e empacotei minha casa rumo ao Nordeste. Num caminhão, foi a mudança. De avião, seguimos eu, minha mala e mais duas caixas de transporte contendo 12 quilos de gato – o peso que meus dois felinos vira-latas, a Cuca e o Chicó, representaram para a companhia aérea. Muita gente achou graça da minha excentricidade: “Você vai levar os gatos?!?”, surpreendiam-se. Ora, era evi-den-te que eu ia. Jamais me ocorreu outra hipótese. Por mais trabalho que tenha dado (a burocracia exigida para levar um bicho a bordo é um teste de paciência), os dois são parte da minha família. O vínculo, a alegria de poder compartilhar com eles meu dia-a-dia e o aprendizado que resulta desse compromisso valem mil vezes o esforço. Sabe a célebre frase de O Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry, “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”? É exatamente isso. Ou pelo menos deveria ser.

“Infelizmente,muitas pessoas que se encantam com um filhote numa loja de animais não se dão conta de que levar um bicho para casa significa assumir um contrato de fidelidade que pode durar muitos anos, o tempo de vida do bicho”, afirma Marco Ciampi, presidente da Arca Brasil, uma das primeiras ONGs brasileiras a difundir o conceito de posse responsável, um conjunto de atitudes que visam a ética, o respeito e o bem-estar animal. Está lá, na Declaração Universal dos Direitos dos Animais – é, eles têm uma, proclamada pela Unesco, em 1978: “O animal que o homem escolher como companheiro nunca deverá ser abandonado”. Mesmo assim, só no Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo, cerca de 60 cães e gatos (muitos, inclusive, de raça) são despejados por dia pessoalmente por seus donos. Os motivos para o abandono variam de explicações como “ah, ele não sabe se comportar”, até “ela está velha demais” ou “ficou grande demais para meu apartamento”.

Certamente você já ouviu falar de que ter um bicho faz bem ao humor e até à saúde. Nos últimos anos, dezenas de pesquisas se empenharam em mostrar o poder da amizade com animais sobre problemas como hipertensão, depressão e até sobre a qualidade de vida de doentes crônicos. Mas será que nós, humanos, sabemos fazer bem ao humor e à saúde de nossos bichos? Hummmm… Nem sempre. Mesmo que você não seja tão frio para abandoná-lo à própria sorte e esteja cheio de boas intenções. “As pessoas, em geral, são bastante sensíveis à causa dos animais”, comenta Ciampi. “O problema é que, na mesma medida em que há simpatia, há desinformação.” Bichos têm, sim, emoções como alegria, tristeza e medo, mas mostram isso de uma maneira que nem sempre a gente entende. Esforçar-se para compreender o universo dos outros seres vivos que convivem conosco e tratá-los com respeito e responsabilidade é condição essencial para viver de forma ética e em equilíbrio.

Conheça a seguir quais são os erros mais comuns que cometemos com a bicharada e tire ainda mais prazer e alegria dessa relação.

Bicho para quê?

Essa é a primeira pergunta que todo mundo deveria se fazer antes de comprar ou adotar um mascote. Se a resposta for “para convivência e amizade”, bingo! Cães e gatos são grandes companheiros, que precisam e gostam do contato próximo com seus donos. Mas há duas respostas erradas bastante freqüentes. A primeira delas: “Porque as crianças querem”. Adotar um animal deve ser uma decisão de toda a família, e os pais precisam estar conscientes de que, por mais que os filhos prometam cuidar dele, vai, sim, sobrar trabalho para os adultos. (Na prática, todo o trabalho sobra para os pais e/ou para a diarista, afinal os filhos têm mil outras prioridades: escola, inglês, cursinho, natação, judô, balé, brincadeiras, estudos, namoros, vestibular, internet, balada... Sempre pinta uma desculpa para deixar o bicho de lado e aí a responsabilidade de educar, tratar e passear com o cachorro sobra para os adultos). Além disso, como não têm noção de que cães e gatos também sentem frio, fome, dor e tristeza, crianças com menos de 6 anos não são uma companhia segura, especialmente se ele for filhote.

Outra motivação equivocada é ter um animal “para proteção”. Confinar um cão no fundo do quintal e privá-lo do convívio da família imaginando que assim ele será mais bravo é um engano perigoso. “O correto é apostar na inteligência do animal, socializá-lo e adestrá-lo adequadamente (em obediência básica do tipo "senta", "deita", "fica" e "junto"), para que ele saiba distinguir quando deve ou não atacar”, afirma a veterinária Hannelore Fuchs, de São Paulo, especialista em comportamento animal. Em vez de dar um destino tão miserável a uma vida, que tal instalar equipamentos eletrônicos de segurança? Dá menos trabalho e sai muito mais barato (e mais seguro para todo mundo, porque um cão anti-social é um perigo para a própria família).

Sinal amarelo

No caso de cães e gatos, xixi fora do lugar, agressividade, hiperatividade, destruição de móveis e excesso de ruídos são algumas das principais causas de abandono – para espécies exóticas, como cobras e lagartos, é mais comum o bicho crescer além do que os donos imaginavam. É preciso saber, porém, que isso não ocorre por má intenção do animal. Bichos não possuem sentimentos humanos complexos como vingança, culpa ou ciúmes, afirma o psicólogo americano Marc Hauser, da Universidade de Harvard, autor do livro Wild Minds (em português, “mentes selvagens”, inédito no Brasil - na época da reportagem em 2005). Para eles, tudo é uma questão de medo, tédio, tristeza e atenção.

Em outras palavras: por trás de um cão, um gato ou um papagaio mal comportado, pode haver uma criação inadequada na infância, falta de atenção, excesso de energia para gastar ou simplesmente estresse. (Nenhum animal se torna bem educado da noite para o dia e sem muito empenho por parte da família. Ele não nasce sabendo e nem entende instruções fixadas na porta da geladeira! Todo cão passa pelas mesmas fases de amadurecimento que nós: infância, adolescência, idade adulta e velhice. Cada fase tem as suas características próprias. É natural para um filhote, por exemplo, fazer bagunça, roer coisas e errar o lugar do xixi! Se ninguém ensinar como é o certo, ele não tem como aprender sozinho!).

Mas tudo tem solução, dizem os especialistas, e o mais importante é encarar o distúrbio como um sintoma de algo a ser tratado. Se possível, com ajuda profissional (da Lord Cão, é claro! Hehe!). Bater no animal, além de ser um ato covarde, só fará com que ele se torne mais medroso e inseguro. Converse com seu veterinário. Muitas vezes, basta direcionar o comportamento para algo não destrutivo, como garantir ao seu amigo mais brincadeiras (assim como mais exercício e regras a serem seguidas).

Focinho de um…

Além dos traços físicos, cada raça possui características temperamentais e necessidades bastante distintas. (Escolher uma raça só pela beleza é um erro muito grande). E é preciso ver se elas se adaptam a você e ao seu estilo de vida, para não sofrer mais tarde. Levar para um apartamento cães de caça como um dachshund (o famoso salsichinha), que adora correr e cavocar a terra, ou deixar a maior parte do dia sozinhos um collie ou um terrier, que carecem de muita atenção e estimulação, é sinônimo de problema. “Informar-se sobre o animal antes de levá-lo para casa é uma forma de respeito a ele e o único meio de atender às suas necessidades básicas”, afirma a veterinária e etóloga Rubia Burnier. Há um tipo de bicho, porém, que não tem restrição e é quase unanimidade entre os especialistas. Sabe qual? O vira-lata. “Ele tem mais capacidade de se adaptar aos diversos ambientes, é o mais independente, o mais fácil de trabalhar e o mais fiel”, diz Rubia. Além disso, é o mais saudável geneticamente, pois não foi submetido aos sucessivos cruzamentos consangüíneos que os criadores fazem nas raças mais “puras”.

Bibelô da mamãe

Essa costuma surpreender muitos donos que se acham bonzinhos: viver com o bicho sempre no colo e mimá-lo como um bebê é péssimo para a saúde psicológica dele. “O animal desenvolve dependência do dono e sofre uma angústia profunda sempre que se separa dele”, diz Rubia. Quem passa o dia inteiro fora e, à noite, decide compensar dando atenção exclusiva, também erra: isso faz com que sua chegada fique supervalorizada, levando o bicho, muitas vezes, a passar o resto do dia plantado na porta esperando – o que, convenhamos, não é vida.

Se você gosta realmente de seu amigo, precisa ensiná-lo a ficar feliz também sozinho. Uma das melhores formas é dar-lhe o direito de viver com um companheiro (de preferência do sexo oposto, castrando ambos) da mesma espécie (pode ser um gato também, se o cachorro se der bem com felinos), criando dois animais (só não vale deixar ambos dependentes de você). Outra é acostumá-lo gradativamente a ser mais independente e fazer com que ele associe sua ausência com algo prazeroso, como uma caixa de brinquedos que o bicho acessa somente quando fica só.

Questão de limites

Permitir que o cão durma na sua cama ou suba no sofá é outra atitude para a qual os especialistas torcem o nariz. “Isso estimula o instinto de dominância do animal, o que pode levar a vários distúrbios de comportamento mais tarde”, afirma Rubia. O bicho deve poder circular pela casa, mas tem que saber que há regras a serem respeitadas, como, por exemplo, deitar-se somente em sua própria almofada, no chão. Não precisa ter pena. Os cães, por exemplo, são animais que vivem em matilha. Para eles, a hierarquia é fundamental. Eles ficam perdidos quando não entendem qual posição ocupam no grupo: se o lado dos dominantes ou o dos dominados – isso para não falar nos casos em que se convencem de que são os reis da casa e passam a redecorá-la ao gosto canino.

Educação vem do berço

Além de limites, cães, em especial, precisam de educação. A lógica é a mesma das crianças: ninguém se educa sozinho. As técnicas de treinamento, acredite, também seguem os princípios da psicologia infantil: reforçar os comportamentos positivos e nunca usar de violência. O trabalho de adestramento dura cerca de seis meses, deve ser feito por um profissional especializado (as meninas da Lord Cão!) e não se restringe a ensinar ao bicho truques engraçadinhos: ele aprende a se comportar diante de outras pessoas, a respeitar ordens, a conviver com estímulos como carro e barulho, entre outras habilidades fundamentais para a boa convivência. “É uma forma de se fazer entender pelo animal”, diz Rubia.

Prole sob controle

Castração. A palavra, sem dúvida, é horrível: lembra mutilação, censura, agressão. Talvez por isso, muitos donos tenham tanta resistência e pena de esterilizar seus animais. Grande engano, dizem os especialistas. “Esse é um dos principais atos da posse responsável”, afirma Hannelore. Só assim se podem evitar as crias indesejadas e a superpopulação de bichos abandonados, causa de um interminável ciclo de sofrimento e crueldade. Por mais que você consiga donos para uma ninhada, jamais poderá ter certeza de que eles, e seus futuros filhotes, serão bem tratados. “Para o animal, não há vantagem alguma em deixar que ele se reproduza”, explica Hannelore. Pelo contrário: a castração, uma cirurgia de recuperação rápida, diminui as chances de tumores nas fêmeas e de inflamação da próstata e testículos nos machos, além de acabar com vários comportamentos sexuais indesejados, como a agressividade, a vontade de fugir para cruzar ou a necessidade de demarcar território com urina (e fezes).

Se depois de ler tudo isso você passou a pensar duas vezes antes de trazer a companhia de um animal para a sua vida, ótimo: era essa a intenção. Significa que você acaba de ganhar um atestado de dono responsável – mesmo que, depois de refletir, tenha chegado à conclusão de que, por enquanto, o melhor para o seu caso seja curtir esporadicamente as estripulias do bicho de algum amigo. Quem resolve abrir o coração, no entanto, garante que vale a pena. E mais: descobre que, no fundo, nem dá tanto trabalho assim. Como diz o veterinário americano Marty Becker, autor do best-seller O Poder Curativo dos Bichos (Bertrand Brasil), estreitar o relacionamento com um animal não é algo que se faça apenas por ele, mas por você. “As pessoas com os vínculos mais profundos com seus bichos de estimação são as que obtêm os maiores benefícios para a saúde”, afirma. Diz aí: existe remédio ou tratamento mais divertido?

Dez mandamentos do bom dono

- Antes de adquirir um bicho, considere seu tempo médio de vida. Pergunte à família se todos estão de acordo, se há recursos necessários para mantê-lo e verifique quem cuidará do animal nas férias e feriados.

- Prefira animais de abrigos públicos e privados (vacinados e castrados), em vez de comprar por impulso.

- Informe-se sobre as características e necessidades da espécie escolhida – tamanho, peculiaridades, espaço físico necessário.

- Não deixe seu animal sair à rua sozinho e, quando passear com ele, use coleira. Isso evita problemas para ele, para você e para os outros. Em casa, no entanto, não mantenha o bicho acorrentado.

- Cuide da saúde do animal. Providencie local e alimentação adequados (não dê sobras de comida, que em geral não atendem às necessidades nutricionais do bicho). Não deixe água estagnada no pote, vacine, dê banho, escove e exercite-o. Quando estiver doente, leve ao veterinário.

- Zele também por sua saúde psicológica. Dê atenção, carinho e ambiente adequado a ele. Não o castigue nem maltrate.

- Eduque o animal, se necessário, por meio de adestramento, mas respeite suas características.

- Ao sair na rua com seu cachorro, recolha a sujeira que ele fizer. Essa é uma regra básica de civilidade e higiene.

- Identifique o animal com plaqueta e registre-o no Centro de Controle de Zoonoses de sua cidade.

- Evite crias indesejadas. Castre machos e fêmeas. A castração é a única medida definitiva no controle da procriação e não tem contra-indicações.

(Fonte: Arca Brasil, Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal)

PARA SABER MAIS

LIVROS
• O Poder Curativo dos Bichos, Marty Becker (Bertrand Brasil)
• Adestramento Inteligente, Alexandre Rossi (CMS)
• Guia do Cão, Joan Palmer (Estampa)
• 97 Maneiras de Fazer Seu Cachorro Sorrir, Pat Doyle e Jenny Langbehn (Sextante)
• Gatos e Gatinhos, Lydia Darbyshire (Edições 70)
• Wild Minds, Marc Hauser (Penguin UK)
• Manual do Cachorro e Apostila de Treinamento de Obediência, ambos da Lord Cão

SITES
www.arcabrasil.org.br, site da Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal
www.hsus.org, Humane Society of the United States
www.vetmovel.com.br, site da veterinária Dra. Rubia Burnier, com dicas e artigos sobre comportamento animal
www.lordcao.com.br, site da Lord Cão

Cão levado por tornado aterrissa a salvo

Do site da Folha Online.

Cachorro aterrissa a salvo após ser levado por tornado nos EUA

O tornado que atingiu nos últimos dias o Estado americano de Illinois gerou uma situação inusitada ao carregar um cachorro pelo céu da região e aterrissá-lo a salvo logo depois, informou a rede de televisão CBS.

Chase, um cão da raça rottweiler, estava brincando no jardim de sua casa no sábado passado (7) quando foi surpreendido pelo tornado que varreu a região de Richton Park.

"De repente, as pessoas começaram a vir e me dizer que viram meu cachorro voando", contou a dona do animal, Sandra Holmes.

Uma vizinha disse que "o cachorro estava no ar, dando voltas, como se tivesse sido arrancado do solo".

O incidente não deixou Chase machucado. Ele aterrissou em uma zona arborizada próxima à sua casa.

"É um milagre", disse a dona de Chase.

Primeira geração de cães-guia paulistanos

Do site da Veja São Paulo. No mesmo tema, leiam também o nosso Lord Cão News sobre a raça labrador: Nem todo labrador serve para guia de pessoas cegas.

Anjos de quatro patas: Nas ruas, no metrô e até no cinema. A 1ª geração de cães-guia paulistanos confere autonomia a cegos.

Nina é a primeira cadela paulistana em treinamento para conduzir um cego. Os outros quinze cães-guia que circulam pela cidade foram importados de países como Estados Unidos e Austrália ou adestrados em outros estados. De porte esguio e olhar atento, a cachorrinha sobressaiu em uma ninhada de oito labradores. Embora não fosse a líder dos irmãos, mamava com vontade e gostava de brincar. Atualmente, aos 10 meses, vive na casa da família Martinez. Não é, contudo, um animal de estimação comum, daqueles que ficam no colo ou soltos no quintal. Já teve lições de obediência, aprendendo que é proibido morder objetos e subir no sofá (apesar de, às vezes, sair da linha e roubar umas meias do armário). Nina acompanha a rotina de trabalho de Rita, secretária de um estaleiro. "Ela fica quietinha embaixo de minha mesa", conta. Nos fins de semana, vai junto ao supermercado, ao clube e à casa de parentes. "Até mostrar maturidade para ser adestrado, o cachorro aprende a conviver no meio de pessoas", explica a treinadora Alexandra Fiuza.

A advogada Thays Martinez, na Livraria Cultura: luta para que Bóris, seu labrador, entre em qualquer local público

A preparação de um cão-guia chega a levar dois anos. Inclui a fase de socialização e o adestramento propriamente dito. Tanto machos quanto fêmeas podem ser condutores, desde que castrados. Dá-se preferência às raças labrador, golden retriever, collie, boxer e pastor alemão. Existe apenas uma escola para treinar tais animais no país. Fica em Brasília e pertence à ONG Integra. Lá há uma espécie de minicidade para simulação de percurso, com os cachorros sendo instruí-dos a contornar buracos, desviar-se de orelhões e atravessar a rua. A Integra teria de doar os animais, como é praxe no mundo inteiro. Mas a entidade também os vende, já que encontra dificuldades para levantar recursos de patrocinadores. "O custo de preparação de um cão-guia é de cerca de 25000 reais. Nós cobramos no máximo 15000 reais do usuário", diz o instrutor Carlos Alberto Dias, um dos três brasileiros que têm tal especialidade, com diploma internacional. Essa é uma questão polêmica. "Considero antiético favorecer os que podem pagar", afirma a advogada Thays Martinez, que conquistou autonomia a ponto de morar sozinha após ter ganhado Bóris, seu labrador caramelo. "O cão-guia pode ser comparado ao transplante de córnea."

Kátia Marques e Genival Santos: eles namoram e seus cachorros também

Thays é co-fundadora do Instituto de Responsabilidade e Inclusão Social (Iris), com sede na Vila Leopoldina. Sua batalha pela causa dos cegos teve início no dia em que foi impedida de embarcar com o cachorro na estação Marechal Deodoro do metrô, em 2000. De lá para cá, ela conseguiu duas vitórias: a instituição da lei federal que permite a entrada de cães-guia em qualquer local público e a importação de doze deles por meio de uma parceria da Iris com o grupo Leader Dogs for the Blind, de Michigan, nos Estados Unidos. "É apenas o começo, pois há 2000 pessoas na lista de espera", diz ela, que está empenhada na tentativa de criar cães-guia em São Paulo. Como se nota pela repetição do sobrenome Martinez, Thays envolveu o irmão, a cunhada e os sobrinhos em seu projeto. São eles os zelosos criadores da filhote Nina.

Nascida para guiar: até completar 1 ano, a cadela Nina viverá na casa dos Martinez e terá lições de obediência com a adestradora Alexandra Fiuza (à esq.)

Na minúscula comunidade dos usuários de cães-guia, há um jovem casal cujos cachorros também "namoram", segundo eles. O advogado Genival Santos e a bancária Kátia Marques são os donos de Laila e Sam, respectivamente. "Quando saímos para passear, fazemos muito sucesso", afirma ele. "Mas eu não gosto muito que as pessoas venham brincar com os cães", reclama ela. O motivo é simples: o cachorro se desconcentra. E sempre há uma lixeira ou uma lanchonete por perto para atiçar sua fome. Quando Santos e Kátia começaram o namoro, há pouco mais de um ano, eles ainda usavam bengala. O instrumento às vezes os deixava na mão. Santos conta que já marcou encontro com Kátia numa estação de metrô e não conseguiu encontrá-la. "No corre-corre, ninguém ajudava e o celular não pegava." Agora está mais fácil, pois Sam corre em direção a Laila e os casais partem contentes. Gostam de ir ao cinema (dublado) e já foram ao zoológico. Livres da bengala, eles não têm mais topado com orelhões e outros obstáculos no meio do caminho. "Até pensei em comprar um capacete", brinca Santos.

Gostaria de acrescentar um detalhe que não me pareceu muito claro na reportagem: nem todo filhote nasce com perfil para ser cão-guia. De uma mesma ninhada, poucos serão escolhidos, talvez apenas 1 ou até mesmo nenhum deles. Da mesma forma que os irmãos humanos são diferentes um do outro, os irmãos caninos também são bem diferentes entre si. O filhote precisa antes de mais nada nascer com o temperamento certo para o trabalho. Depois, precisa passar por um árduo e longo treinamento e viver por um certo tempo com uma família adotiva. Mesmo tendo nascido com o temperamento certo, nem todos os cães são aprovados nas etapas do treinamento. Apenas alguns deles se formam e são colocados para trabalhar como cães-guia. Isso significa que não basta apenas comprar um labrador para ter aquele cachorrinho calminho que fica deitado aos pés do dono nos filmes e novelas! Alguém aqui ainda não leu Marley? O labrador é de uma forma geral um cachorro *muito* ativo, que vai viver ligado na tomada por uns bons 3 a 4 anos. A raça tem uma energia infindável, o que *não* significa que eles não dão bons pets. Com *muito* exercício diário e treinamento de obediência eles podem se tornar ótimos, mas isso requer muita paciência, dedicação e trabalho por parte do dono.
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