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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Seja um ativista pelos animais - Recife/PE

Estava eu procurando pela web os raríssimos sites de adoção de cães e gatos que oferecem o serviço na minha cidade, Recife/PE, quando achei sem querer o site do ADA - Ativistas pelos Direitos dos Animais. Achei super interessante conhecer mais esse grupo que trabalha em prol dos animais e resolvi dividir a descoberta com vocês aqui no blog. Segue texto retirado do site deles explicando direitinho o que é o ADA.

O ADA surge no Recife, em outubro de 2007, como uma união de humanos preocupados com a preservação do bem-estar e dos direitos básicos dos animais não-humanos.

Esses direitos são violados milhões de vezes, todos os dias, em diversas atividades:

- o comércio de peles
- a indústria da carne
- o tráfico de animais silvestres
- os maus tratos a animais domésticos
- a indústria de cosméticos
- a indústria farmacêutica

e outras.

Defendemos alternativas à utilização abusiva de animais para satisfazer as necessidades humanas.

Nos reunimos duas vezes por semana no Centro de Ciências Biológicas da UFPE (CCB/UFPE) para discussão de temas ligados aos Direitos dos Animais e organização de atividades. São todos bem-vindos, desde curiosos a ativistas! Junte-se a nós! Nas terças-feiras e sextas-feiras, às 12h00, no CCB, sempre em alguma sala anunciada no mural do ADA (que fica no corredor do CCB).

Esse mesmo grupo de voluntários organiza uma campanha contra a carrocinha, apresentando os motivos pelos quais os métodos utilizados pelos CCZs (Centros de Controle de Zoonoses) estão ultrapassados e são ineficazes no controle populacional de cães e gatos. Segue texto retirado do site deles.

A política pública da cidade do Recife para o controle de zoonoses associadas a cães e gatos tem sido direcionada, há décadas, ao obsoleto método chamado de “captura e extermínio”. Embora os profissionais ligados ao Centro de Vigilância Ambiental (CVA) – órgão municipal responsável pelo referido controle – usem o termo “eutanásia”, no mínimo eufêmico, a execução é o destino de todos os animais que são capturados pela “carrocinha” e não têm a sorte extrema de serem adotados em três dias úteis; e não somente dos que padecem de doenças graves incuráveis ou infecto-contagiosas.

Entretanto, desde a edição do 8º Informe Técnico da Organização Mundial de Saúde (1992), reconhece-se que não há qualquer evidência de que a eliminação de cães tenha impacto significativo na propagação da raiva ou na densidade populacional canina, visto que as cadelas e as gatas são animais pluríparos, de gestação curta (ao redor de 60 dias) e maturidade sexual precoce (seis meses de idade).

Dessa forma, é sabido que a rápida reposição reprodutiva pode ser tão alta quanto a mais elevada taxa de remoção e eliminação. Como se não bastasse a comprovada ineficácia e ônus financeiro do método de “captura e extermínio” (identificação, esterilização e vacinação custariam menos, segundo experiência do Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo), são gravíssimas as implicações éticas da prática do CVA, que condena à morte milhares de animais sadios e inofensivos. Ficam feridos, assim, os princípios da eficiência e da moralidade, ambos previstos no artigo 37 da Constituição Federal de 1988 como norteadores da administração pública.

A solução médica e ética para o problema descrito é um conjunto de medidas:

(1) a identificação dos animais, a fim de monitorar a população;
(2) o controle de natalidade por meio de captura, esterelização, reabilitação e soltura dos animais sadios e/ou inofensivos;
(3) o investimento em campanhas de conscientização da guarda responsável dos animais domésticos; e
(4) a imunização dos animais antes da sua devolução às ruas.

O texto continua nessa página, dando mais detalhes sobre o procedimento adotado no CVA do Recife/PE. Não copiei tudo, apenas as partes que achei mais relevantes.

Não é com felicidade que esta página foi criada, já que sua existência está pautada no sofrimento e na morte injustificável de milhares de cães e gatos da cidade do Recife, todo mês; mas é com felicidade que sua presença é recebida, sendo você uma força em potencial para acabar com essa situação.

Carrocinha é o nome dado aos veículos que o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de uma cidade (no Recife, embutido no Centro de Vigilância Ambiental) usa para capturar animais errantes, sobretudo cães e gatos. Os CCZs recebem também animais entregues por seus próprios guardiões, ‘descartados’ por diversas razões.

O animal sofre desde a sua captura: para tanto é usado o cambão, instrumento para laçar o animal, manuseado muitas vezes por pessoas despreparadas, podendo deslocar o maxilar, quebrar dentes ou mesmo causar danos na coluna, fraturas nas patas e até mesmo morte do animal. Mesmo quando não causa qualquer das lesões mencionadas, seguramente a captura fere emocionalmente de forma grave, gerando desconforto e medo.

Quando ele chega ao Centro de Vigilância Ambiental (no caso do Recife), é brutalmente forçado a entrar em um dos recintos internos ao canil ou ao gatil, onde se encontram outros numerosos animais nas mais diferentes condições de saúde e dos mais diferentes portes. Depois de três dias sofrendo com o confinamento, com a tortura psicológica de ver seus semelhantes sendo arrastados para a execução e, sobretudo, com os inflagráveis maus tratos e abusos corporais, os animais são exterminados, em teoria pela aplicação de uma injeção letal supostamente “humanitária”.

Desde 1992, a Organização Mundial de Saúde afirma que o método de “captura e extermínio” de cães e gatos não é uma medida eficaz para o controle populacional e para o combate às zoonoses, além de ser um método dispendioso ao Estado devido ao alto custo de descarte dos cadáveres. Para atingir tais medidas de saúde pública, a OMS enfatiza e recomenda o controle da natalidade através da esterilização, a campanha de conscientização para a guarda responsável dos animais e outras medidas.

E isso é o que defendemos.

Centenas de cães e gatos, doentes ou não, são mortos toda semana no Centro de Vigilância Ambiental do Recife. Centenas de animais sencientes (sensíveis à dor e ao sofrimento), inocentes e, ainda, chamados “os melhores amigos do homem”. Nenhuma diferença existe entre o cão, de rua e sem raça definida, que é executado no CVA e o amado e bem cuidado cão de estimação seu ou da sua prima. Aquele cachorro ou gato que você vê todo dia na sua calçada, no caminho ao trabalho ou no seu local de estudo; aquele cachorro ou gato que vem brincar com você e que vem lhe pedir comida ou apenas um pouco de carinho; aquele animal, ser vivo senciente e emotivo como você, que percebe e sofre o frio, a dor e a fome como você. Aquele cão, companheiros, que é livre e feliz, que mora em Casa Amarela, em Boa Viagem, no Engenho do Meio ou no Ibura… Aquele animal pode ser capturado, maltratado e executado ainda essa semana. E continuará a poder sofrer tais abusos enquanto persistir o sistema da nossa perversa Carrocinha.

Não há argumentos que sustentem a existência da Carrocinha, a não ser a ignorância, o tradicionalismo e a indiferença dos nossos governantes.

Junte-se a nós nessa luta. Mobilizemos o Recife contra a Carrocinha.

Assine a petição contra a matança nas carrocinhas e a favor das campanhas de esterilização e de conscientização como alternativa: clique aqui.

Essa petição será entregue ao prefeito do Recife. Quanto mais assinaturas, mais força teremos. Divulgue a petição para seus amigos e conhecidos, coloque no perfil do orkut, no MSN, mande por e-mail. Com você, vamos conseguir.

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