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sexta-feira, 12 de junho de 2009

Fique atento ao comprar ou adotar um cão

Li hoje uma notícia que denunciava uma feira ilegal de filhotes de cães que colocava em risco a saúde dos animais e desafiava uma lei municipal paulistana. Sancionada em julho de 2007, a lei municipal 14.483 define que ”a venda de cães e gatos em ruas, praças, parques e áreas públicas é proibida e as penalidades vão de advertência à multa de R$ 1 mil a R$ 500 mil” – e vale lembrar que mesmo em pet shops os animais não podem ficar expostos por mais de seis horas e não devem ter contato com os frequentadores do estabelecimento.

Como contei aqui, no final de maio nós adotamos uma cadelinha SRD (sem raça definida), a Linda. Encontramos ela e seus irmãozinhos num estande da ONG Amigos dos Bichos numa feira gastronômica e passamos por uma triagem séria para conseguir a chance de sermos os donos dela.

Fomos entrevistados, nossos dados averiguados (na medida do possível), tivemos que oferecer várias informações e as cuidadoras da ONG, quase como assistentes sociais dos animais, nos ligaram algumas vezes nas semanas seguintes para saber da adaptação dela a nós – e da nossa família a ela. Infelizmente, pelo que noto na conversa com quem comprou um cão, nem sempre os cuidados são assim. Parece-me que a preocupação maior dos que vendem os animais é garantir que o “produto” pareça excelente aos olhos do cliente – enquanto que a ONG se mostrou muito preocupada em nos alertar para a realidade de ter um serzinho sob nossos cuidados.

Não estou fazendo campanha contra os cães de raça – meus pais tem cockers e meus sogros rottweillers -, mas acho importante que aproveitar a chance para reiterar que esta é uma experiência de troca de afeto, não uma relação de consumo. Não podemos “experimentar” um cão ou um gato, é um ser vivo, não um objeto. Na matéria que li havia uma citação do veterinário Wilson Grassi, diretor de bem-estar da Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa), que alertava para os riscos que os filhotes sofrem no contato com clientes e outros animais. E ele alerta sobre o calor e o improviso na exposição dos animais – se em público os cães são tratados assim, quem garante em que condições eles estavam antes?

Fique de olho ao comprar ou adotar um cão: ele "tem que ter microchip (ou um registro de animal como a Linda tem nesta foto), as vacinas têm que estar em dia, os filhotes só podem ser retirados de perto da mãe depois de 60 dias de vida – e no caso de ONGs, sugere-se ou exige-se também que os donos castrem o filhote (nós fizemos isso). Se você optar por comprar, vá direto ao canil, visite a criação, conheça o pai, a mãe [do cachorro] e o ambiente”.

Fonte

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