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segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Comportamentos estranhos no cão

Do site da Revista Saúde é Vital.

Se da noite para o dia seu cão passou a chorar boa parte do tempo, deixou de brincar e perdeu o apetite, saiba que esses sinais nem sempre significam depressão ou estresse, como podem parecer à primeira vista. Mudanças bruscas de comportamento às vezes denunciam problemas de saúde insuspeitados.

Será que ele anda carente de atenção? É a pergunta que muita gente se faz quando o amigão chacoalha a cabeça de um lado para o outro sem parar e choraminga pelos cantos. Só que esse comportamento, fique você sabendo, é típico de uma bela otite, a inflamação de ouvido. Outra alteração que costuma dar um nó na cabeça do dono é a inatividade repentina. O bicho, que vivia correndo de lá para cá, só quer saber de ficar parado. Cansou de brincar? Nada disso. O mais provável é que esteja com dor na coluna ou, pior, com uma artrose daquelas, que leva a um desgaste nas cartilagens ósseas. E, se o seu companheiro agora só busca refúgio nos ambientes mais quentes da casa ou prefere passar horas sob o sol, desconfie de hipotireoidismo, a baixa produção de hormônios pela tireóide. É que o metabolismo fica mais lento e a temperatura corporal tende a cair, o que o torna friorento.

Pois é, não dá para minimizar mudanças de atitude ou atribuí-las à vontade pura e simples de chamar a atenção. Por trás delas pode estar todo tipo de encrenca, de anemia a verminose, de diabete a doença cardiovascular. O animal tenta comunicar o que está errado deixando de comer direito, chorando alto ou mesmo lançando ao dono um olhar cabisbaixo, conta o veterinário Daniel Guimarães Gerardi, que também é professor na Universidade União Pioneira da Integração Social, em Brasília, no Distrito Federal.

Sintomas físicos também enganam. É o caso de uma crise de tremedeira, que pode ser confundida com frio excessivo e, na verdade, às vezes indica um quadro convulsivo da epilepsia. Já tosses noturnas sugerem um problema cardíaco, e não uma gripe. E a sede excessiva e injustificável, sobretudo se o cão for sedentário, deve acender o alarme do diabete.

Se você notar qualquer alteração no humor e nos hábitos, procure um especialista, orienta o veterinário Alexandre Gonçalves Teixeira Daniel, de São Paulo. Ou seja, a regra de ouro é observar seu animal com toda a atenção e saber que nem sempre o que ele pede é (apenas) carinho. Às vezes, ele precisa é de remédio mesmo.

VALE IR AO VETERINÁRIO SE O CÃO...
· Chora muito
· Vive chacoalhando a cabeça
· Anda curvado
· Respira ofegante mesmo parado
· Não sobe ou desce escadas ou evita qualquer outro lugar alto
· Tosse demais durante a noite
· Bebe água sem parar
· Fica sempre perto de você
· Tem crises de tremedeira
· Freqüentemente procura os locais mais quentes da casa

Liana Menegheti, de 39 anos, notou que a poodle Laila, de 4, costumeiramente alegre e brincalhona, andava cabisbaixa e apática. Em vez de achar que era tristeza e só enchê-la de dengos, foi ao veterinário. Sorte de Laila. Ele diagnosticou uma inflamação na glândula ad-anal, localizada sob o rabo, também conhecida como glândula do medo. E Laila já está sendo tratada.

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