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terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Sobre o filme "Marley e Eu"

Tenho lido e ouvido muitos comentários sobre as maravilhas desse filme, sobre como é uma história comovente e cheia de lições de vida e blá, blá, blá. Sinceramente falando, achei muito fraquinho. Quando comparo adaptações cinematográficas com os seus respectivos livros, quase que invariavelmente o filme perde (a única exceção foi "A Cor Púrpura"), mas isso não significa que o filme não seja bom. As adaptações da série "Harry Potter", por exemplo, são realmente fantásticas (sou fã de carteirinha).

O filme "Marley e Eu" não chega nem aos pés do livro, esse sim, uma história comovente e cheia de lições de vida. O livro é uma delícia de se ler, divertido e empolgante. O autor John Grogan usou um estilo leve e fluido, é quase como se ele estivesse contando a história para a gente, e não escrevendo. Já o filme se arrasta de forma cansativa, Marley é colocado num papel coadjuvante e algumas partes no começo são relatadas tão atropeladamente que nem dá para a gente absorver direito.

Para piorar a situação, eu não vou muito com a cara de Owen Wilson, o ator escalado para interpretar o papel do dono de Marley. Ele e os fãs que me desculpem a sinceridade, mas aquele biquinho que ele faz é simplesmente irritante! Acho que um ator já reconhecidamente cômico como Adam Sandler ou Ben Stiller teria se saido muito melhor no papel.

Além do mais, eu simplesmente não suporto quando eles alteram fatos relevantes do livro. Sei que isso é inevitável, mas mesmo assim fico com raiva toda vez. Até as melhores adaptações não fugiram à regra. Tudo bem, uma alteraçãozinha aqui e outra acolá até dá para aceitar, principalmente se o resultado ficou bom no filme. Mas em "Marley e Eu" eu achei que eles mudaram/cortaram coisas demais. Virou uma história bobinha, água com açúcar, estilo filme "Sessão da Tarde". O forte apelo dramático vai render milhões nas bilheterias, sem dúvida, mas deixou o filme com cara de produto de prateleira hollywoodiano.

Pra citar um exemplo comparativo (não chega a ser um spoiler, pois isso acontece bem no comecinho da história), a escolha do nome Marley como conta o livro foi feita de forma carinhosa e estudada, John e Jenny Grogan pensaram e decidiram juntos o nome ideal. Isso reflete a empolgação do casal com a chegada do filhote e, na minha opinião, é um espelho do que acontece na maioria das casas de donos de pets. A escolha do nome é normalmente feita em família, é uma parte importante no processo. No filme, virou uma escolha individual de John, feita de forma quase apressada.

Fica então aqui o meu recado para todos aqueles que gostaram do filme "Marley e Eu": é uma história tocante, disso não posso discordar, mas leiam o livro que vale muito mais a pena. Para quem pensa em ter um labrador por imaginar que é uma raça calminha e que fica deitada tranquilamente aos pés dos donos como os cães guias de cegos, o livro é leitura obrigatória, assim como esse Lord Cão News! Para os que não tiverem paciência de ler o livro, serve o filme mesmo! Mas leiam pelo menos o nosso artigo, OK?

Um comentário:

  1. Oie, foi bem o que achei do filme mesmo: sessão da tarde total e o cão é um coadjuvante. Mas morri chorando pq estou com uma filha com osteossarcoma e só de pensar em talvez precisar eutanasiá-la já dói demais... Beijo!

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