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terça-feira, 22 de abril de 2008

Bons modos no mundo animal

A matéria é da Veja (http://veja.abril.com.br) edição 2057 de 23 de abril de 2008.

Móveis riscados, um tapete alagado e aqueles dias em que cães e gatos amanhecem intratáveis são algumas das situações que todo dono de um desses animais já enfrentou – mas nem sempre soube como resolver.

Ao repreenderem seu bicho de estimação, as pessoas erram, basicamente, quando partem para o grito e apelam para a força bruta. Isso não surte nenhum efeito positivo. O que funciona para lapidar os modos de caninos e felinos é a paciente aplicação de um conjunto de medidas baseadas em alguma psicologia – e bastante treino. Sobre elas, VEJA ouviu três especialistas: Victoria Stilwell, apresentadora do programa da TV inglesa Ou Eu ou o Cachorro, retransmitido no Brasil pelo canal GNT; a veterinária americana Mieshelle Nagelschneider, especialista em comportamento de gatos pela Universidade Harvard; e o adestrador Alexandre Rossi. Eles concordam num ponto básico – e, de certo modo, alentador: é melhor começar a educar cães e gatos desde cedo, mas, mesmo para aqueles de mais idade, sempre há solução. A seguir, as sugestões do trio.

Buda (Bernese Mountain Dog da foto acima) era um cão ansioso: passeios ao ar livre melhoraram a situação.

PROBLEMA 1: o cachorro faz os cômodos da casa de banheiro

=> O erro mais comum dos humanos: ao flagrar as necessidades fisiológicas do cão depositadas no tapete da sala, gritar e ainda puni-lo com palmadas. O efeito é zero, uma vez que o animal não capta a razão do castigo.

=> O que recomendam os especialistas: passear na rua com o cão – se der, três vezes por dia (ôpa, ôpa, ôpa, olha o perigo! Quem quiser que o cachorro faça xixi *somente* na rua não tem essa opção de "se der". Olhem que 3 vezes ainda é pouco! O cachorro *precisa* fazer as necessidades várias vezes por dia e, dependendo da idade e do tamanho do peludo, de 4 a 6 vezes é o ideal). Ele costuma fazer pipi pela casa justamente por estar privado de uma rotina ao ar livre. Outra medida de sucesso é eliminar os obstáculos entre o cachorro e seu próprio "banheiro". Às vezes, ele não chega lá por dar com o focinho numa porta fechada (outro motivo muito comum, mas não citado da reportagem, é o xixi de marcação de território).

=> Tempo para resolver o problema: três meses. Se passar disso, é bom conversar com um veterinário sobre a possibilidade de uma incontinência urinária.

PROBLEMA 2: o cão faz o dono – ou quem mais aparecer por perto – de pula-pula

=> O erro mais comum dos humanos: repreendê-lo com gritos. Quando pula, afinal, o cachorro busca atenção – e é justamente o que o dono estará lhe dando ao esbravejar. Para piorar o cenário, o cão ainda se sentirá estimulado a seguir com a brincadeira.

=> O que recomendam os especialistas: ignorar as acrobacias, mesmo que isso traga algum incômodo, e só voltar a falar com o cachorro quando ele aterrissar as quatro patas no chão. Se o cão insistir com os pulos, castigue-o com momentos de clausura.

=> Tempo para resolver o problema*: quinze dias (a reportagem original mostra um asterisco nesse quesito, mas não encontramos na versão online da Veja a explicação. Caso algum de vocês leitores tenha acesso à revista impressa, por favor envie um e-mail para sandra@lordcao.com.br com um scan ou uma foto da página referente à essa reportagem).

PROBLEMA 3: latidos em alto e bom som – noite e dia

=> O erro mais comum dos humanos: gritar com o cão

=> O que recomendam os especialistas: o cachorro late, antes de tudo, para chamar atenção e se sentir no comando do território que o cerca. O desafio aqui é mostrar que, com os latidos, ele estará mais distante de tais objetivos. Daí a tática de lhe dar um gelo. Quando o cão se aquietar – e ao ser ignorado isso sempre acontece – a estratégia é premiá-lo com algo comestível ou uma brincadeira qualquer. O objetivo é estimular o tão almejado silêncio fazendo o cachorro associá-lo a um bom momento (outro sinal vermelho aqui: se o motivo do latido for estresse ou ansiedade de separação, ser ignorado *não vai* fazer o cão se aquietar! No caso do estresse, o cão precisa de distrações: brinquedos e passeios. No caso da ansiedade, ele precisa aprender a ficar sozinho. Vejam mais detalhes no nosso site http://www.lordcao.com.br).

=> Tempo para resolver o problema: um mês.

Onde encontrar mais respostas sobre o comportamento de animais domésticos: http://www.caocidadao.com.br (do adestrador Alexandre Rossi); http://www.victoriastilwell.com (da inglesa Victoria Stilwell, especialista em cães); e http://www.thecatbehaviorclinic.com (da americana Mieshelle Nagelschneider, especialista em gatos pela Universidade Harvard).

Leiam a matéria completa, que inclui 3 problemas comuns em gatos, na página: http://veja.abril.com.br/230408/p_112.shtml

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