A matéria é da Veja (http://veja.abril.com.br) edição 2047 de 13 de fevereiro de 2008.
O tratamento com células-tronco, ainda em fase experimental em seres humanos, já está curando cães e gatos.
O uso de células-tronco para o tratamento de doenças em seres humanos ainda é uma promessa para o futuro. Os médicos não descobriram até agora os procedimentos corretos para usá-las de forma eficaz. Não existe garantia de que as células-tronco se transformem no tipo de célula adulta desejada para curar determinado mal. Uma das maneiras de a ciência avançar nesse terreno são as pesquisas com animais – e nesse aspecto os sinais são promissores. Há um mês o laboratório americano Vet-Stem, instalado na Califórnia e especializado em medicina regenerativa, oferece um procedimento baseado em células-tronco para tratar artrites, fraturas e ligamentos rompidos em cachorros e gatos. A técnica consiste em extrair células-tronco do tecido gorduroso dos próprios animais doentes e depois aplicá-las na área afetada por meio de injeções (veja o quadro). As células, segundo artigo científico publicado pela clínica na revista Veterinary Therapeutics, agem como organismos regeneradores que ajudam o corpo do animal a se recuperar sozinho. "Como as células-tronco pertencem ao próprio animal, não há perigo de rejeição", disse a VEJA a veterinária Julie Ryan Johnson, vice-presidente da Vet-Stem. Até agora, 250 veterinários de vários estados americanos foram treinados pelo laboratório e realizam o tratamento em seus consultórios. Em 70% dos casos, alcançam-se resultados total ou parcialmente satisfatórios. O preço do tratamento vai de 2 000 a 5 000 dólares, dependendo da gravidade da lesão e do número de aplicações de células-tronco necessário.
Desde o início dos anos 90, várias universidades americanas estudam as possibilidades terapêuticas das células-tronco retiradas de tecido gorduroso. Entre os cientistas, a repercussão do tratamento feito pela Vet-Stem foi positiva. Em geral, eles consideram que o uso de células-tronco retiradas da gordura pode um dia ser estendido aos humanos. Mas há um longo caminho a seguir antes que isso seja possível. "Ainda não sabemos por que às vezes as células-tronco da gordura funcionam e às vezes são inúteis", diz Darwin Prockop, diretor do centro de terapia genética da Universidade Tulane. Naturalmente, as experiências com animais envolvem muito menos aspectos controversos do que aquelas com seres humanos. Os animais tratados pelo laboratório da Califórnia ainda atuam, em parte, como cobaias.
Cliquem na figura acima para ampliar e leiam a matéria completa na página: http://veja.abril.com.br/130208/p_092.shtml
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