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terça-feira, 1 de abril de 2008

Quanto mais o dono mima, mais o cão manda

A matéria é da Veja (http://veja.abril.com.br/) edição 2035 de 21 de novembro de 2007.

Tem humano que é cego. Os adestradores avisam: quanto mais o dono mima, mais o cachorro manda nele. E ainda dá risada.

Eles são mimados, incoerentes, indisciplinados e não conseguem seguir regras. Estão dispostos a qualquer coisa para conseguir amor incondicional, inclusive a entregar o sofá, a cama, a casa e o controle total de suas vidas. Esse é o retrato que emerge de boa parte dos donos de cachorros quando se fala com conhecedores dos segredos mais íntimos da relação entre humanos e caninos: os adestradores. Desde que os cães saíram do quintal e entraram para a família, o adestrador é a última esperança dos donos de sapatos de grife destruídos, móveis de design irremediavelmente roídos, tapetes orientais malcheirosos e de vizinhos furiosos. "Um dos grandes problemas que nós enfrentamos é o temperamento dos donos. A maior parte tem cachorro só para mimar. Eles sabem o que precisam fazer, mas amolecem", constata o adestrador paulista Alexandre Rossi. "É comum o dono passar o dia inteiro fora de casa, sentir-se culpado de deixar o bicho sozinho e não repreendê-lo quando vê algo errado", concorda seu colega José Roberto Júnior. É aí que o adestramento desanda e, em casos extremos, a casa cai.

Não é realmente fácil ter disciplina, espírito de liderança, autoconfiança e eventualmente até um certo rigor para não ceder às chantagens emocionais que os caninos aprendem rapidamente a fazer, mesmo quando se recusam a seguir um comando. Todo humano responsável por um canino conhece a lição número 1, mas não custa repeti-la. "Cachorros viviam em matilhas. Eles precisam ter claro quem é o líder para respeitá-lo. E vão testar essa liderança no dia-a-dia", explica Alexandre Rossi. E a número 2. "O cachorro obedece por troca, seja para evitar, seja para ganhar alguma coisa. Quem não souber lidar com esse acordo não será obedecido", ensina.

Uma das regras mais difíceis de entrar na cabeça dos donos é a que estabelece uma simulação de indiferença ao chegar em casa. Em vez de se derreter e anunciar que "mamãe (ou papai) chegou", o correto é fazer de conta que você não está morrendo de vontade de que seu cão dê todos os sinais tradicionais de alegria – só assim ele vai aprender a não pular em cima da tia que morre de medo de cachorro ou da visita de cerimônia. Nos casos em que o estrago já foi feito, é preciso orientá-lo com coleira e firmeza. "Cachorros que ganham muito carinho precisam do dobro de repetição dos comandos", diz o adestrador Luis Oliveira.

Quem não consegue conciliar disciplina com afeto deve ter em mente que os cães se sentem felizes quando se encaixam na ordem natural das coisas (a matilha, lembram-se?) e cumprem seu papel. Eles também precisam de rotina e de ocupação, como passear na rua, com guia, ou se jogar no imemorial passatempo de correr atrás da bola. "Para quem não tem tempo, quinze minutos jogando bolinha para o cachorro todo dia já melhora a qualidade de vida dele", aconselha o adestrador carioca Elber Martins do Nascimento. Também faz parte das regras de disciplina não dar comida ao cão à mesa durante as refeições (se achar que merece um petisco, dê no quintal ou na área de serviço) e não deixar nenhuma sujeira ocorrida sob seus olhos passar em branco (depois do acontecido, não adianta brigar – o bicho não saberá relacionar as coisas). Em resumo: dono de cachorro precisa mostrar quem manda, e mandar do jeito certo. "Ele tem de participar da maioria das aulas e pôr os comandos sempre em prática, senão é dinheiro jogado fora. Perder tudo o que foi ensinado leva menos de um mês", diz Rossi.

(A figura abaixo é um resuminho nota 10, que foi publicado nessa mesma reportagem. Vamos colocar em prática, OK pessoal? Cliquem na figura para ampliar.)

Leiam a matéria completa em: http://veja.abril.com.br/211107/p_128.shtml

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