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terça-feira, 1 de abril de 2008

A Supernanny dos cães

A matéria é da Veja (http://veja.abril.com.br/) edição 2052 de 19 de março de 2008.

Um reality show inglês mostra que os problemas dos bichos começam nos donos.

Dois anos atrás, o casamento dos galeses Mandy e Martin estava em crise. O casal e seus dois filhos adolescentes mal se falavam. De tão anti-social, a família já não recebia visitas. As coisas também não iam bem na cama: Martin não conseguia tocar a mulher – quanto mais fazer amor com ela. A razão de tanta discórdia tinha um nome: Teddy Pom-Pom. Que vem a ser um cão da raça lulu-da-pomerânia. Adotado como mascote por Mandy, ele se revelou uma besta-fera. Avançava contra quem se aproximasse da dona. E fazia o que bem entendesse em casa, inclusive urinar na cama do casal. Situações como essa são o mote do programa Ou Eu ou o Cachorro. A criação do Channel Four inglês, retransmitida no Brasil pelo GNT, é uma variante da fórmula do Supernanny, aquele reality show em que uma babá socorre pais que perderam as rédeas dos filhos (os produtores, aliás, são os mesmos). Só que as "crianças-problema" são os cães. E, no lugar da babá, entra em cena uma adestradora, a inglesa Victoria Stilwell. Ela lida com questões que afligem qualquer um que tenha cachorro: necessidades feitas fora do lugar, compulsão por roer objetos, agressividade e manias. Tudo elevado a níveis exponenciais. Victoria faz pose de durona, mas usa é da psicologia para tratar dos bichos – e de seus donos.

Somente no Brasil, há 29 milhões de cães de estimação. Os animais marcam presença de forma esporádica nas novelas, nos telejornais e programas de auditório. E compõem um nicho na TV paga. O Animal Planet exibe desde um reality show sobre os bastidores das competições caninas até uma série sobre as diferentes raças. No GNT há uma gincana bizarra intitulada Meu Cão É Tão Gordo Quanto Eu, na qual bichos e donos acima do peso têm de entrar em forma juntos. Nenhum desses programas, contudo, tem o apelo universal de Ou Eu ou o Cachorro. Para além de mostrar como se doma um schnauzer ensandecido ou um pequinês rabugento, o que está em pauta são as fraquezas dos humanos que lidam com eles.

O que se vê é estarrecedor. Um marido sai de casa para trabalhar e deixa a mulher e a filha de colo à mercê de dois labradores que são verdadeiros monstros. Como ninguém tem tempo para passear com os bichos, eles extravasam sua ansiedade enganchando-se nas pernas das pessoas e destruindo tudo. A primeira providência da adestradora é obrigar o sujeito a passar horas num cubículo como aquele em que prendia os cães. "Antes de arranjar um cachorro, a pessoa deve refletir se isso será compatível com seu estilo de vida. E, claro, se terá paciência para educá-lo", disse Victoria Stilwell a VEJA. Outro problema é que muitos donos usam os bichos como muleta psicológica. O comportamento hiperativo de uma bichon frisée decorria do fato de sua dona tê-la mimado como a filha que não teve. O caso de Teddy Pom-Pom é semelhante. "A dona tratava o cachorro como uma criança e não via que isso estava destruindo a família", completou Victoria. A Supernanny canina colocou Teddy Pom-Pom na linha em questão de dias. No fim do programa, o lulu parecia uma lady.

Leiam a matéria completa em: http://veja.abril.com.br/190308/p_138.shtml

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